Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 754

Patrícia deu-lhe duas palmadas na cabeça, sem mimá-lo.

"Não abuse, levanta logo!"

Ela virou-se, saiu da cama e foi para o banheiro se arrumar.

Gabriel afundou na cama branca do hospital, cercado pelo cheiro dela, que dissipava o odor de desinfetante.

Inalou profundamente várias vezes antes de finalmente se levantar.

Depois de tanto tempo ali, já conhecia o quarto de cor e foi tateando até o banheiro.

Patrícia já havia preparado sua escova de dentes, com pasta aplicada, e a entregou em sua mão.

Ele, então, começou a escovar os dentes, apoiando o braço no ombro dela, de forma preguiçosa.

O reflexo no espelho mostrava a intimidade e a beleza do casal.

Um sentimento de ternura invadiu Patrícia. Após terminar a arrumação, ela pegou o barbeador e o pressionou contra a parede para fazer sua barba.

"Você está muito alto, abaixe um pouco."

Gabriel obedeceu, flexionando os joelhos e inclinando a cabeça, cooperando gentilmente.

No meio do processo, ele não resistiu e começou a acariciar a cintura dela, suavemente.

"Fique quieto, não se mexa."

Patrícia o advertiu em voz baixa.

Gabriel sorriu, cobrindo a cintura dela com sua mão grande.

Quanto mais acariciava, mais desejava.

E o que poderia ser mais cruel?

É ter o desejo tão perto, mas inalcançável.

Gabriel suspirou, prometendo a si mesmo que guardaria esse desejo.

No futuro, queria desfrutar três refeições por dia, com chá da tarde e ceia!

Finalmente, Patrícia terminou de fazer sua barba e limpou seu rosto com uma toalha úmida, soltando seu queixo.

"Pronto, pode sair."

Gabriel não se moveu. Com um gesto, puxou-a para si, segurou seu rosto e a beijou suavemente nos lábios.

O que deveria ser um beijo rápido se transformou num beijo profundo, seguido por outro ainda mais intenso.

Somente o som de batidas na porta fez Patrícia recuperar o fôlego e se afastar dele, ainda ofegante.

Ela saiu na frente para abrir a porta do quarto.

Joaquim, todo vestido a rigor, sorria na entrada: "Srta. Soares, vim buscá-la para o exame pré-natal."

Patrícia olhou por cima do ombro dele: "Só você? Cadê o Bruno?"

"Ele foi passear com o cachorro." Joaquim explicou, "Eu tenho medo de cachorro, então ele faz o passeio enquanto eu a levo para o exame."

Lembrando-se de como ele havia se assustado na última vez em Branco, Patrícia acenou compreensivamente.

"Então, agradeço o esforço."

"Não é nada, o Sr. Costa prometeu um bônus."

O sorriso de Joaquim era sincero, quase rivalizando com o atendimento ao cliente de uma famosa rede de fondue.

Patrícia assentiu: "Certo, vou me arrumar, pode entrar e esperar."

"Beleza."

Joaquim entrou no quarto, olhando em volta, mas não viu o Sr. Costa.

Avançando um pouco mais, viu uma figura alta saindo do banheiro.

O homem, apoiando-se na parede, caminhou habilmente em direção à cama.

Joaquim correu para ajudá-lo: "Puxa, Sr. Costa, você já consegue andar e se cuidar sozinho?"

Ele notou que o habitual aspecto descuidado do Sr. Costa havia melhorado muito desde a chegada de Patrícia.

Mesmo sem ver, sua aparência era notavelmente atraente.

Gabriel: "Não consigo ver, mas não estou paralítico."

Mas eles iam visitá-lo a cada dois ou três dias.

Patrícia sentou-se na sala de estar da família Costa e entregou dois pacotes para Elsa.

“Tia, ontem foi o Dia das Mães, infelizmente estávamos muito ocupados e não pudemos vir, estes são os presentes para você, um de Gabriel e outro meu, desejo-lhe um feliz feriado.”

Elsa ficou tão emocionada que seus olhos se encheram de lágrimas.

Ela os abriu e viu um belo lenço de seda Yunnan, com um padrão delicado e elegante.

Elsa sorriu de orelha a orelha, acariciando-o amorosamente.

“Muito obrigada, eu adorei.”

Ela segurou a mão de Patrícia, insistindo para que ela ficasse para o almoço: “Fique para almoçar, vou cozinhar para você.”

Patrícia hesitou: “Gabriel ainda está no hospital…”

“Não se preocupe com aquele garoto, ele vai passar fome no hospital? Você, por outro lado, parece mais magra do que a última vez que vi, hoje você precisa se alimentar bem.”

Elsa decidiu sem esperar por uma resposta, virou-se para chamar Joaquim: “Joaquim, você também fica para o almoço.”

Joaquim acenou feliz: “Claro, tia.”

Não podendo recusar tal hospitalidade, Patrícia acabou ficando.

Elsa a fez assistir televisão na sala de estar enquanto ela e Júlia iam para a cozinha preparar os pratos, recusando qualquer ajuda de Patrícia.

Sem outra opção, Patrícia passeou pelo pátio.

Era início do verão, ainda não muito quente, e uma brisa soprou, fazendo as folhas das árvores chacoalharem suavemente.

Duas figuras entraram, era Octávio Costa voltando da pescaria.

Ele veio de mãos vazias, segurando apenas sua vara de pescar, seguido por um homem alto e esbelto, carregando um balde em uma mão e peixes na outra.

Com feições atraentes e um sorriso cativante, ele tinha todo o ar de um profissional elite.

Patrícia ficou paralisada ao ver aquele rosto por vários segundos.

O mundo era realmente mágico, como ele também estava aqui?

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