Desejo Ardente: Viciado Nela romance Capítulo 751

A noite estava turva.

O quarto estava sombrio, com a luz da rua se infiltrando pela janela em finos feixes.

Natália Ferreira respirava ofegante, sustentada pelo braço de um homem, girando no vazio abaixo dela.

A luz passava por suas costas, delineando um contorno corporal superior, a escuridão era tanta que Natália não conseguia ver seus olhos, apenas sentir a força irresistível... de seus dedos.

Em meio à confusão, ela corou e pressionou sua mão, com os olhos marejados.

"Chega, por favor."

"Não aguenta mais?"

A voz de Fabiano Alves era rouca e suave: "Então, eu serei mais gentil, mais devagar, tudo bem?"

Natália sentia suas bochechas queimarem e a temperatura parecia só aumentar.

Ela estava sem reação.

Empurrando seu peito, prestes a dizer que não queria mais, Fabiano a beijou.

Com gentileza, lentamente.

Entrelaçados até o fim.

Ele era habilidoso, variando suas técnicas, insistindo que ela compensasse o dia.

Quando Natália o empurrava, ele sussurrava em seu ouvido com uma voz cheia de desolação e frustração.

"Três meses se passaram, eu senti muito a sua falta, Natália..."

Sua voz manhosa amolecia o coração de Natália.

Segurando o travesseiro, corada, ela deixava acontecer.

Até que, tarde da noite, ele finalmente a soltou com uma risada baixa, acendendo a luz e o quarto ficou iluminado, revelando seu rosto satisfeito.

Saciado, até seus olhos brilhavam.

Natália mal queria se mover, deitada na cama, respirando fundo.

Quando Fabiano voltou do banheiro, limpou seu corpo e não resistiu em beijá-la nos lábios.

"Natália é incrível."

Natália: "..."

Obrigada, ela também achava que era incrível, com uma paciência ainda maior!

"Estou com sede." Natália disse roucamente, sem rodeios, "Quero água."

"Claro, vou pegar para você."

Fabiano vestiu-se com bom humor, pegando a garrafa térmica na cama e desceu para buscar água.

Ao passar pela sala, viu Yasmin Mendes sentada no sofá, tomando chá.

Fabiano parou e chamou: "Mãe, está tarde, por que ainda não foi dormir?"

Yasmin o viu e fez um sinal para que se aproximasse: "Venha sentar."

Fabiano sentou-se à sua frente, segurando a garrafa térmica.

Depois de pensar por um momento, Yasmin decidiu falar o que estava em sua mente.

"A situação do Grupo Paz está perigosa, não é? Se realmente ficar difícil continuar, volte para casa, não insista. Não quero que passe pelo que passou há quatro anos, enfrentando dificuldades."

Fabiano balançou a cabeça: "Não será difícil, fique tranquila."

"Você emagreceu bastante." Yasmin suspirou.

Depois de tudo, ela percebeu que, como mãe, o que importa não são as aparências, nem as conquistas.

Ela só queria que seu filho pudesse viver sem preocupações, feliz.

A vida raramente é como desejamos, mas se pudermos viver de maneira simples e tranquila, o resto não importa.

Fabiano sorriu, mas falou seriamente: "Cada um no seu papel, eu assumi o Grupo Paz e o expandi até o tamanho que tem hoje. Então, garantir a posição e missão do Grupo Paz é minha responsabilidade."

"É por isso que preciso fazer bem."

Yasmin ainda estava preocupada: "Se ficar muito difícil, vá até a família Mendes, seu tio e eles sempre vão te ajudar."

Fabiano com voz suave: "Eu sei o que estou fazendo, não se preocupe."

"Certo."

Após algumas palavras, Fabiano se levantou para buscar água. Enquanto esperava, olhou para a sala de estar.

A luz estava fraca, Yasmin se sentava no sofá, sua postura já não era tão reta quanto antes.

A luz destacava alguns fios brancos em seu cabelo.

Fabiano silenciosamente fechou a torneira, apertou a garrafa térmica.

A pequena voz de Giselle Silva soava do lado de fora, clara e nítida: "Papai, mamãe, abram a porta."

O beijo parou, Mirella colocou a mão no peito dele: "Você não disse que ela estava dormindo?"

Uriel ficou em silêncio: "Talvez ela estivesse fingindo."

Essa pequena raposa.

Ele respirou fundo e falou em direção à porta: "O que foi?"

"Eu esqueci uma coisa muito importante, tenho um presente para dar ao papai, abre a porta rápido."

Ao ouvir que sua filha havia se levantado no meio da noite especialmente para lhe dar um presente, a irritação de Uriel desapareceu instantaneamente.

Ele sorriu, destrancou e abriu a porta.

"Que presente você quer dar ao papai?"

Giselle, vestindo um pijama de desenho animado, entrou e então enfiou um travesseiro de pelúcia azul claro nos braços de Uriel, dizendo seriamente:

"Papai, este presente é para você, leve-o para dormir fora."

"Hoje é o Dia das Mães, eu vou dormir com a mamãe, você vai para o quarto ao lado, lembre-se de fechar a porta."

Uriel: "…"

Ele respirou fundo, segurando o ímpeto de discutir, abaixou-se e falou com voz suave: "Não combinamos que hoje à noite você dormiria sozinha para deixar a mamãe comigo?"

Giselle respondeu: "Eu mudei de ideia, tenho o direito de voltar atrás uma vez e vou usar agora."

Ela não conseguia guardar muitas coisas em sua cabeça.

Ela só sabia que hoje era o Dia das Mães e ela queria passar com a sua mãe.

Vendo o silêncio do pai, Giselle girou os olhos, piscou com olhar de quem está prestes a chorar.

"Papai, por favor, você não quer fazer a Giselle passar a noite do Dia das Mães sem a mamãe, né?"

"Olha, o seu pijama está desabotoado, deixe-me arrumar para você…"

Minutos depois.

Uriel, segurando um travesseiro de pelúcia feio com uma mão e vestindo um pijama, parou diante da porta fechada, em silêncio por um longo tempo.

Dor de cabeça.

Essa pequena raposa, até o próprio pai ela tenta enganar!

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