"Visitando o doente, é?"
Hugo entrou, sorrindo seriamente.
"Ouvi dizer que você estava muito doente, à beira da morte. Pensei em vir visitar, trazer um pouco de cuidado humanitário."
Gabriel deu uma risada fria: "Nós somos tão próximos assim, para você se importar?"
Hugo sorriu ainda mais: "Talvez não fôssemos antes, mas agora somos parceiros de negócios, não é? Todos nós somos colegas, vale a pena se conhecer. Sou bastante bondoso."
"Quem diabos quer ser seu parceiro? Dá o fora."
"O próprio Sr. Alves assinou o contrato, como assim disputas internas? O Sr. Costa está cego, não reconhece mais as letras?"
"Pare de tentar causar discórdia aqui."
Gabriel já estava se sentindo mal, e diante de um rival amoroso, não conseguia manter a calma.
Era a primeira vez que Hugo o via perder a compostura, curioso e surpreso.
"Ultimamente não lembro de ter te provocado, por que você está tão irritado como se tivesse engolido pólvora?"
Gabriel resmungou friamente: "Aqui é o andar 20 do Hospital Grupo Paz, com segurança a cada passo, você veio todo preparado para me ver, qual é o seu verdadeiro propósito?"
"Ah? Que propósito eu poderia ter?"
Nesse momento, a porta de dentro se abriu, e Patrícia saiu com um cotonete e água.
Ao ver quem era, ela não o reconheceu de imediato.
"Você é..."
Antes que ela terminasse, Gabriel, sem vontade de continuar aquela disputa, tirou um anel de debaixo do travesseiro e o colocou no dedo anelar.
Em seguida, encontrou facilmente a mão de Patrícia, segurou-a firmemente, e com esforço, levantou-a para mostrar a Hugo.
"Sr. Azevedo, não se faça de desentendido, viu? Vamos nos casar."
"Te aconselho a se comportar, pare de tentar ser o terceiro em um casamento, senão eu me levanto e te dou uma surra."
O olhar de Hugo caiu sobre as mãos unidas deles.
Era realmente um par de anéis bonitos e combinando.
Só que a pessoa... realmente parecia miserável.
Ele ergueu uma sobrancelha, deixando uma última palavra no ar.
"Vamos ver quando você conseguir se levantar."
O tempo de visita era limitado, Hugo não ficou muito tempo. Antes de sair, fez questão de cumprimentar Patrícia.
"Desenhista Soares, deve ter sido difícil."
Ele pensou um pouco e acrescentou: "Se ele morrer, considere a possibilidade de me escolher."
Gabriel explodiu de raiva: "Saia daqui."
Por estar tão furioso, ele começou a tossir violentamente, tendo dificuldades até para respirar, enquanto os aparelhos ao redor emitiam sons agudos e rápidos.
Parecia que o ambiente estava em alerta.
Hugo percebeu que tinha ido longe demais e, com um piscar de olhos culpado, virou-se e desapareceu rapidamente.
Gabriel continuava tossindo, e Patrícia imediatamente lhe colocou uma máscara de oxigênio, com um tom de voz preocupado e carinhoso.
"Acalme-se, por que se agitar tanto?"
Gabriel pressionou o botão de chamada ao lado da cama, e em segundos, a voz de Joaquim foi ouvida.
"Sr. Costa, o que deseja?"
"Se deixar aquele sujeito entrar novamente, você sai junto com ele."
Joaquim: "..."
Que injustiça.
Dizendo isso, Fabiano ordenou a uma enfermeira atrás dele: "Chame a Patrícia para sair, vamos esvaziar o lugar, em vinte minutos faremos uma desinfecção completa."
"Entendido, Sr. Alves."
A enfermeira partiu para cumprir a ordem.
O coração de Noémia finalmente se partiu, ela respirou fundo, tentando manter a calma.
Depois de sair mais cedo do trabalho e vir aqui sem ver ninguém, ela estava ainda mais irritada.
Nesse momento, o celular tocou.
"Noémia, o estúdio está te procurando, a gravação de hoje é muito importante, venha logo, não vou aguentar sem você."
Noémia respondeu com duas palavras: "Cancele."
"A multa é de oito milhões."
Noémia: "...Mande o endereço, estou a caminho."
Depois de desligar, ela ainda estava relutante, olhou novamente na direção do quarto do hospital, deixando uma mensagem para Fabiano.
"Guarde um horário de visita para mim amanhã, até logo."
Fabiano acenou educadamente: "Claro, vá com calma."
Noémia guardou o celular e virou-se para sair rapidamente, seu cabelo longo e liso desenhou um pequeno arco no ar.
Ela parecia eficiente e direta.
Mesmo depois que sua figura desapareceu na porta do elevador, o olhar de Hugo ainda a seguia lentamente, pausando por alguns segundos.
Fabiano captou esse detalhe.
Ele inclinou a cabeça, soltando algumas palavras.
"Sr. Azevedo, apaixonado novamente?"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...