Ao ouvir isso, a mulher imediatamente se exaltou, elevando bastante o tom de voz.
"Então foi você que bateu no meu filho, deixando-o entre a vida e a morte no hospital, vou lutar com você até o fim!"
Gabriel segurou firmemente o braço dela, com uma atitude calma.
"Primeiramente, foi o seu filho que começou com a bebedeira, agredindo minha esposa antes de eu intervir para separar a briga e acabei ferindo ele. Isso só pode ser considerado uma briga mútua. Em segundo lugar, ele não sofreu ferimentos letais, não vai morrer, então não me acuse falsamente."
A mulher ficou sem palavras por um momento.
Mas ainda irritada, disse: "Você o deixou naquele estado e ainda acha que está certo?"
"Vou cobrir todas as despesas médicas."
Gabriel disse isso levemente.
"Quem se importa com o seu dinheiro para as despesas médicas, eu exijo uma explicação hoje!"
"O dobro das despesas médicas."
Gabriel acrescentou.
"Você..."
"O triplo."
A mulher ficou atônita, não esperava que ele fosse tão generoso, mas pensando em seu filho deitado no hospital, ela se enfureceu novamente.
"Você acha que pode bater nas pessoas só porque tem dinheiro? Hoje eu não vou deixar isso passar!"
"Dez vezes mais."
Todos ao redor ficaram chocados.
Pensaram que ele estava delirando.
Gabriel, então, tirou um maço de notas do carro, colocando-os um por um no chão, se misturando à grama limpa.
O rosa chamativo era especialmente notável.
"Este cartão contém cem mil reais, cobrindo dez vezes as despesas médicas do seu filho. Se vocês não se opuserem, podem pegá-lo a qualquer momento."
Eles nunca tinham visto um filantropo tão generoso antes.
Os olhos da sogra de Leonor brilharam, uma fortuna caída do céu desse jeito, só um tolo recusaria.
Cem mil reais era um grande montante para a família deles.
Diante de um benefício absoluto, até a pessoa mais teimosa recuaria.
Ela engoliu em seco, prestes a se abaixar para pegar o dinheiro.
"Mas eu tenho uma condição." Gabriel disse repentinamente. "Só pode pegar o dinheiro se concordar com a condição."
"Qual condição?" Ela perguntou instintivamente.
Gabriel apontou para Leonor, falando de forma leve.
"Quero que ela trabalhe para mim."
O quê!?
Leonor indo trabalhar?
"De jeito nenhum!"
A sogra de Leonor recusou sem pensar, dizendo friamente: "Com essa quantia, você pensa que pode nos enganar para liberá-la? Nem pense nisso, ela é um fantasma da nossa família mesmo que morra, só pode ser enterrada no nosso terreno."
Leonor era conhecida por ser dócil, submissa, trabalhadora e fácil de lidar.
Claro que ela não seria tola a ponto de deixá-la ir.
Gabriel sorriu levemente diante da resposta, sem dizer nada, apenas começou a recolher o dinheiro do chão, com um tom de lamento.
"Se é assim, então não temos mais o que conversar, Pati, vamos, é melhor não nos intrometermos nos assuntos dos outros."
Ele se levantou, com um ar de formalidade, pronto para ir embora com o dinheiro.
Vendo o dinheiro prestes a desaparecer, a sogra de Leonor ficou agoniada, sentindo-se extremamente desconfortável.
Era como se o próprio dinheiro dela estivesse sendo levado.
Que perda!
Ela hesitou, dividida entre a pessoa e o dinheiro.
"Está bem, leve a criança também!"
Após dizer isso, ela olhou para Leonor, "Você tem que lembrar, todo mês tem que mandar o salário todo para casa, se faltar um mês, eu vou até a cidade te buscar!"
Leonor estava completamente atordoada.
Ela sabia muito bem que não valia tanto dinheiro, eles pagaram um preço exorbitante para comprar sua liberdade temporária.
Mas ela era incapaz de pagar de volta.
Ela ainda queria dizer algo, mas Patrícia a puxou e, abraçando a criança, caminhou em direção ao carro.
"Vamos, entre no carro primeiro."
Atrás dela, sua sogra já havia agarrado o dinheiro das mãos de Gabriel, abraçando-o como se fosse um tesouro.
...
O SUV ligou o motor e partiu rapidamente.
Leonor, abraçando a criança, olhou através da janela do carro, contra a luz, observando a planície ficar cada vez mais distante.
Como se a primeira metade de sua vida também estivesse recuando.
No banco do copiloto, Patrícia perguntou, confusa, "Por que você colocou tanto dinheiro no carro?"
Gabriel sorriu misteriosamente, "Antecipando a sua antecipação."
Patrícia instintivamente entendeu.
Aparentemente ele parecia alguém que não se importava com os outros, mas em momentos cruciais, ele sempre agia.
A gratidão de Patrícia por ele aumentou ainda mais.
Antes que ela pudesse falar, Gabriel adivinhou seus pensamentos.
Ele estendeu a mão, segurando o dorso da mão de Patrícia, com uma voz baixa que só os dois podiam ouvir.
"Quer me agradecer? Vamos agradecer direito quando voltarmos para Cidade Norte..."
"Como, por exemplo..."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...