A cena era de um caos indescritível.
A criança, assustada, chorava sem parar.
Leonor, ainda com marcas roxas no rosto, recusava-se a soltar o filho.
Seus pais tentavam mediar a situação. "Leonor, não brigue assim pela criança, peça desculpas à sua sogra e vá com ela."
Essas palavras fizeram Patrícia sentir um súbito ímpeto de raiva.
Ela não suportava ver a amiga sendo humilhada dessa maneira.
Firmemente, posicionou-se ao lado de Leonor, protegendo-a de toda pressão e perigo.
Ela falou de forma gelada: "Ela não quer ir, vocês não estão ouvindo?"
A sogra de Patrícia franzia a testa ao vê-la.
"Os assuntos da nossa família não precisam da intervenção de estranhos. Você, menina, sabe alguma coisa sobre respeito?"
Com um sorriso sarcástico, Patrícia respondeu.
"Ela tem o direito de escolher como viver e de criar seu filho. Você entende algo sobre leis?"
Leis!
Elas não se importavam com isso.
Era impossível se comunicar com pessoas tão instruídas.
A sogra de Patrícia lançou-lhe um olhar de desprezo e voltou sua atenção para Leonor.
"Desagradecida, você vai ou não comigo? Quer mesmo se rebelar? Acha que não podemos mais sustentá-la?"
Leonor, ajoelhada, mostrava uma determinação nunca vista antes.
Ela mordeu o lábio e finalmente falou.
"Eu... eu quero ir para a cidade tentar trabalhar."
Trabalhar?
A incredulidade e o desdém eram evidentes nos olhos da sogra.
"O que mais você sabe fazer além de cuidar de ovelhas? Passou alguns dias com mulheres de fora e agora acha que pode fazer o que quiser? Agora está se achando independente?"
"Longe da nossa casa, você não é nada, poderia até morrer de fome."
Ao ouvir isso, Leonor tremeu.
Ela nunca tinha saído para o mundo exterior, nem vivido por conta própria.
Ela estava, de fato, com medo.
"Violência doméstica é crime. Tente bater para ver?"
A sogra, furiosa com as constantes interferências de Patrícia, tentou atingi-la.
"Você também merece uma lição, hoje vou estabelecer as regras para vocês!"
"Slap—"
Patrícia revidou com um tapa, sem hesitação.
A sogra ficou atordoada, incapaz de acreditar que a jovem ousara atacá-la.
Quando tentou reagir, um homem segurou seu braço firmemente.
Uma voz calma e agradável soou.
"Ela tem um status privilegiado, até um fio de cabelo dela é precioso. Você não pode tocá-la."
A sogra de Leonor não conhecia Gabriel e franzia a testa descontente.
"E você é quem?"
Por que todos estavam se metendo nos assuntos da família dela?
"Desculpe, mas fui eu que dei uma surra no seu filho ontem. Ele está com concussão, deslocou um osso e precisa ficar hospitalizado por um mês. Esse sou eu."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desejo Ardente: Viciado Nela
Não vai ter novos capítulos??...
Gostei da narrativa, a fala sobre sentimentos, escolhas, relacionamentos, etc. Pecou pelos erros de português, mas ok. Fiquei decepcionada no final, gostaria que o livro tivesse um fim, tudo ficou muito no ar. Poderia ter uma continuação, seria perfeito....
Uma pena não atualizar logo, pois o livro é muito bom....
Esse livro é muito bom. É uma pena essa demora para atualizar......
Cadê as atualizações??...
Amando a história de Natália e Fabiano...
Livro muito bom...
Mas capitulo...
Mais capítulos, por favor....
Cadê o resto do livro?...