Irene Ferreira gritava de dor, chegando a se revirar no chão, seus cabelos colados ao couro cabeludo, enquanto alguns não aguentavam e começavam a vomitar.
"Por que está esperando? Não vão levá-la para o hospital?"
Gilson Fonseca olhou para Teodoro, que fez sinal para que levassem Irene Ferreira.
Alguém não se conteve e disse: "Dona Jardim, a senhora não vai ver como ela está? Ela era sua amiga".
Clarice desejou não estar ali, murmurando: "Os médicos vão cuidar dela, eu só faço o que o Teodoro mandar."
A culpa era de Irene Ferreira por não obedecer, deixando Teodoro irritado.
Yeda Madeira era favorecida justamente por ser obediente, enquanto Irene Ferreira sempre lhe causava problemas. Sem Yeda para guiá-la, Irene jamais teria vivido tantas experiências.
Ela até tinha dado alguns presentinhos para Irene Ferreira se divertir.
Rufino estacionou o carro na entrada da garagem e desceu com Yeda Madeira, enquanto o manobrista levava o carro.
"Você está subindo comigo?" Yeda Madeira perguntou surpresa.
Rufino arqueou uma sobrancelha: "Ah, eu não comi, estou subindo para comer alguma coisa".
Yeda Madeira: "..."
Qualquer coisa para uma refeição.
Quando estavam prestes a entrar, a ambulância chegou.
O hotel, não querendo que Irene Ferreira saísse pela porta da frente para evitar mal-entendidos, insistiu que os paramédicos usassem a entrada lateral.
Mas as roupas de Irene Ferreira ainda eram reconhecíveis para Yeda Madeira.
Como ela havia se machucado?
"Olhando para o quê?" perguntou Rufino, quando viu que ela estava hesitando em andar.
"Nada..."
Chegando ao segundo andar, Yeda Madeira logo viu uma fila de seguranças de terno preto no corredor; Teodoro sempre aparecia assim, então ela já estava acostumada.
Afinal de contas, ele precisava manter as aparências para a namorada, e ela, sendo uma Canário corajosa o suficiente para desafiar seu patrocinador, sabia que Teodoro era vingativo.
Rufino puxou uma cadeira e sentou-se, "Como assim, não posso nem comer aqui? Ficou tão mão-de-vaca assim?"
Rufino sorriu para Clarice, "Melhor não seguir o exemplo dele. Quem fica perto dele não se dá bem. Ainda dá tempo de mudar."
Clarice defendeu Teodoro, "Sr. Zanetti, pare de brincar. Teodoro não é assim, só tem gente que o deixa chateado."
"Ah, vocês têm até um porta-voz agora? Desde quando você deixa uma mulher no banco falar por você?" Rufino mudou sua expressão, provocando.
Ele parecia querer desafiar Teodoro abertamente.
A tensão aumentou novamente.
Rufino puxou a cadeira ao lado dele e puxou Yeda Madeira, que estava de pé, forçando-a a se sentar: "Por que você está com medo? Se ele não a convidar para comer, eu convido. Não é como se fôssemos ficar sem dinheiro por causa dessa refeição".
Clarice, sentindo-se injustiçada, disse, "Teodoro, não foi isso que eu quis dizer, eu não sou..."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Desculpa!Não Sou Teu Canário