Desculpa!Não Sou Teu Canário romance Capítulo 265

Yeda acordou de repente, percebendo que Teodoro já tinha retirado a mão.

Ela olhou confusa para fora da janela e só então notou o cobertor que a cobria.

Lançou um olhar para Teodoro, mas o homem evitava contato visual, dirigindo com uma mão e parecendo impaciente.

Yeda enrolou o cobertor em silêncio, preparando-se para sair do carro.

"Você não tem educação?"

"… Obrigada por me trazer para casa."

A porta do carro se fechou automaticamente, e Yeda entrou rapidamente na Mansão Águas como se estivesse fugindo.

Ela ficou parada junto à porta por um bom tempo, escutando até ouvir o motor do carro se afastar, só então suspirou aliviada e escorregou até o chão.

Dona Ursulina ouviu o barulho e veio ver, encontrando Yeda com as roupas meio molhadas grudadas no corpo.

"Puxa vida, Dona Madeira, o que aconteceu com você? Suba e tome um banho, vou fazer um chá de gengibre!"

"Está bem, Dona Ursulina, tranque a porta, por favor, tranque bem."

"Claro, Dona Madeira, quer um remédio para o resfriado?"

"Não precisa, só tranque bem a porta."

Yeda passou a noite tendo pesadelos, sonhando que tentava fugir com a avó, mas era interceptada por Teodoro no meio do caminho.

Levantou-se atordoada, quase tropeçando ao descer as escadas.

Quando o telefone do hospital tocou, ela ainda estava meio perdida.

Sua mente zumbia.

"Dona Madeira, está me ouvindo? Sua avó acordou, você pode vir vê-la? A paciente está um pouco agitada."

"Sim! Estou ouvindo! Estou aqui!"

Yeda quase deu um salto.

Depois de desligar, ficou parada sem saber o que fazer, rodando num ponto.

Dona Ursulina saiu da cozinha ao ouvir o barulho.

A luz do sol iluminava o chão do quarto.

Sua avó estava sentada na cama, de olhos fechados, coberta pelo lençol. O antigo rádio que ela trouxe ainda tocava uma música.

Era o cantor preferido da avó.

Quando a senhora ouviu o som, abriu os olhos devagar e viu Yeda ali.

A jovem estava com os olhos vermelhos, sem saber o que dizer ou fazer.

Atravessando o tempo, Yeda se lembrava de correr para os braços da avó.

Desde quando era criança e sua avó a abraçava, até agora, quando é capaz de proteger sua avó.

Sem perceber, muitos anos se passaram.

"Vovó." Sua voz era suave e leve.

Mas, naquele quarto, soou tão marcante.

A senhora abriu os olhos devagar, olhando para a porta.

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