Naquele momento, eu não consegui afastá-lo, eu precisava de redenção.
Mesmo que fosse apenas temporária.
De repente, senti meu corpo leve, Alonzo me levantou nos braços, enquanto Rosalina nos chamava: "Clarice, Alonzo, vocês......"
"Eu vou levá-la para casa agora, quanto à decisão dela, podemos falar depois." - Disse Alonzo, antes de me carregar rapidamente para longe.
Quando ele me colocou no carro, agarrei o colarinho dele, encostei meu rosto em seu pescoço e comecei a chorar desesperadamente.
Alonzo não se moveu, deixou-me chorar, deixou minhas lágrimas e ranho mancharem sua roupa.
Eu chorei até ficar sem ar, e ele me levou para o hospital.
Deitada lá, finalmente consegui me acalmar, mas minha mente estava um caos.
Eu nem sabia o que fazer, o que viria a seguir?
Chamar a polícia, mandar Dante para defender a justiça dos meus pais?
Mas isso não seria vingança, seria apenas fazer com que uma pessoa malvada fosse punida.
Mesmo assim, para mim, isso não significava nada, porque tudo o que eu perdi não poderia ser recuperado.
Pensar nisso me deixava inconsolável, com uma tempestade se formando em meu coração, me sentindo completamente desamparada.
Eu sabia que, mesmo que Dante e Sérgio fossem presos, mesmo que eles morressem, isso não preencheria o vazio da minha vida.
Nunca me senti tão desamparada, como um barco solitário à deriva.
"Quer beber água?" - Alonzo me perguntou ao ver que eu tinha acordado.
Meus cílios tremeram: "Alonzo, me diga, o que eu devo fazer?"
Ele estendeu seu braço longo, me ajudou a sentar e me ofereceu um copo de água: "Beba um pouco de água primeiro."
Eu não peguei o copo, apenas o olhei, como se ele fosse a única pessoa que poderia me tirar desse abismo.
O corpo de Alonzo ficou rígido por um momento, e quando parei de tossir, ouvi-o dizer baixinho: "Agora somos inimigos por causa de um assassinato paterno."
Meu coração apertou, entendendo o que ele queria dizer.
Não falei nada, apenas o abracei mais forte.
Alonzo também não disse mais nada, não me empurrou, e eu continuei lá, abraçada a ele, desfrutando da única paz e calor que tinha sentido nos últimos dias.
Até que meu celular começou a tocar, Alonzo me avisou baixinho: "Seu celular está tocando."
Eu não queria atender naquele momento, fiquei em silêncio.
"Clarice" - ele me chamou baixinho.
Essas palavras soaram estranhas e distantes, ele sempre me chamava de Clara.
Meu coração doeu como se estivesse sendo torcido, pensando que foi o pai dele quem matou meus pais, eu disse com a voz rouca: "Alonzo, seria tão bom se eu nunca tivesse te conhecido."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido
Bom dia estou gostando muito da história,mas demora a ver os próximos capítulos estamos curiosas,por favor libere 🙏...
estou gostando dessa história, entretanto acho meio enrolado os laços deles, por exemplo o laço dela com lúcio e ele ficou quase 200 caps para entender oque ela disse umas 20 vezes. mas a escrita te prende e é bom de ler...
Por favor a continuação 😭...
Gente cadê a continuação do livro, por favor liberem mais capitulos...