Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 534

Se ele não falasse, eu até teria esquecido de sua existência.

O rosto de Alonzo não mostrava nenhuma emoção, apenas um olhar profundo e pesado.

A pessoa sobre a qual ele falava era seu pai.

Mas Sérgio havia dito, seu pai só prejudicou meus pais porque foi subornado por Sérgio, e no caminho para cá, Alonzo também admitiu que as ações de seu pai foram motivadas pelo dinheiro.

Com isso, parecia que Dante não tinha relação alguma com o assunto, então por que Alonzo o questionava?

Minha cabeça estava confusa, e começou a doer como se uma furadeira estivesse perfurando-a.

Olhei novamente para Dante, que permanecia sereno e calmo, enquanto Rosalina, muito nervosa, se agarrava firmemente ao braço de Dante.

Depois de alguns segundos de troca de olhares entre Alonzo e Dante, este último finalmente respondeu: "O que seu pai fez depois de ser subornado não tem nada a ver comigo."

"Sério que não tem?" - A pergunta de Alonzo foi incisiva.

"Alonzo, Dante já explicou tudo sobre o que aconteceu com os pais de Clarice. Se ele fez algo ao seu pai, não há motivo para esconder." - Rosalina ainda defendia seu marido.

A expressão de Alonzo se tornou ainda mais tensa: "Segundo minhas investigações, Sérgio subornou meu pai por instigação de alguém."

Dante desviou o olhar por um instante, e a voz de Alonzo continuou: "Se não estou enganado, o senhor fez isso para cortar os caminhos de Clarice, querendo que, após seus pais morrerem, ninguém, exceto vocês, mais pudesse adotá-la."

Fiquei chocada e olhei para Alonzo, que desta vez me encarava: "Porque seu sangue é especial e poderia ser um banco de sangue reserva para seu filho, além de que, mantendo-a por perto, vocês poderiam redimir os pecados que cometeram."

Depois de dizer isso, Alonzo olhou para Dante: "Clarice, desde o começo, foi apenas uma peça no seu jogo."

Rosalina balançou a cabeça vigorosamente: "Não, não é assim, nós realmente amamos Clarice, tratando-a como nossa filha sinceramente..."

Dante havia dito antes que Rosalina não sabia nada sobre o que ele fez com meus pais, então eu não duvidava do seu amor por mim, mas e quanto a Dante?

"Sr. Dante, é verdade?" - Eu interrompi Rosalina.

Dante ficou em silêncio, e essa foi a resposta.

O amor que eu pensava ser sincero, na verdade, era uma farsa, um plano.

Talvez a morte dos meus pais não fosse apenas por causa do contrato que meu pai assinou, mas por causa do sangue que corria em minhas veias.

Mas nem o ódio no meu coração nem a raiva de ter sido enganada poderiam ser detidos por ninguém.

"Como vocês podem ser tão egoístas? Para proteger seu filho, manipulam a vida de outras pessoas assim?" - Meu peito doía, como se o ar tivesse sido completamente sugado.

"Clarice... nosso amor por você é real, de verdade." - Rosalina ainda enfatizava.

Mas para mim, o amor deles era um pecado, uma corrente que me impedia de enfrentar meus pais.

Antes, sempre que eu visitava o túmulo dos meus pais, eu falava, tentando tranquilizá-los, que Dante e Rosalina me tratavam com muito carinho.

Agora, eu percebi quão dolorosas aquelas palavras deviam ter sido para meus pais, descansando em paz.

"Não fale mais." - Eu disse, cobrindo meus ouvidos, quase desmoronando.

Senti um aperto nos ombros, e então fui envolvido por um abraço caloroso e familiar.

Eu sabia que era Alonzo.

A pessoa que não me queria.

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