Onde mais eu poderia encontrar suas memórias?
"Clarice" - alguém me chamou no corredor.
Era a proprietária do apartamento em frente.
Sem perguntar, já sabia que ela veio por causa das notícias de demolição.
"Clarice, vão derrubar nosso prédio, que pena" - lamentou a senhora, algo raro da parte dela.
Sem saber como responder, fiquei apenas com uma expressão triste, e a senhora continuou: "Acabei de gastar dinheiro arrumando o apartamento, nem um mês alugado e já temos que despejar, que prejuízo."
Eu: "..."
"Clarice, tentei ligar para o rapaz que aluga o apartamento e ele não atendeu. Se você o vir hoje, peça para ele me ligar de volta, e também o avise sobre a demolição para que ele se prepare e comece a procurar outro lugar, além de arrumar suas coisas" - pediu a senhora.
"Ok" - eu respondi.
"Muito obrigada, Clarice" - disse ela, sendo muito cortês, mas logo depois não resistiu a uma fofoca: "Você já encontrou o rapaz que aluga meu apartamento, não é? Ele é um bom rapaz, certo?"
Eu sorri: "É, não ruim."
"Clarice tem padrões altos, hein? Um rapaz tão bom e você diz 'não ruimé'? Eu não tenho uma filha, mas se tivesse, gostaria que ele fosse meu genro" - disse a senhora, claramente interessada em Alonzo.
"A senhora ainda pode ter uma filha mais" - brinquei com ela.
Normalmente, ela poderia achar que eu estava sendo desrespeitosa, mas a notícia de uma senhora de sessenta anos que teve um filho estava em alta esses dias.
A senhora riu: "Ah, eu não tenho essa capacidade, não me zombe."
Eu apenas sorri, e a senhora continuou: "Você também deveria começar a organizar suas coisas, o que não servir mais pode jogar fora ou vender. Tenho o contato de um reciclador que paga bem e é confiável. Vou passar para você, assim você pode vender o que não quiser mais."
Esse entusiasmo me fez sentir mal em recusar.
Ela me deixou o número e foi embora, e eu subi para meu apartamento.
Lembrava-me dela, pois eu tinha uma foto sentada sobre ela.
Meu pai disse que era sua mala quando saiu do orfanato, equivalente a uma mala de viagem hoje em dia.
Ao abri-la, encontrei um colete azul escuro do meu pai, fazendo-me lembrar do colete verde de Alonzo.
Sob o colete, havia um caderno com uma caneta presa.
Ao folheá-lo, vi a letra do meu pai e imediatamente senti uma onda de emoção.
As lágrimas caíram sobre as palavras escritas à caneta, borrando-as instantaneamente.
Rapidamente tentei limpá-las, mas o caderno caiu, derrubando algo de dentro.
Ao pegar, vi que era um contrato.
Folheando, ao chegar na parte de assinaturas e selos, fiquei chocada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido
Bom dia estou gostando muito da história,mas demora a ver os próximos capítulos estamos curiosas,por favor libere 🙏...
estou gostando dessa história, entretanto acho meio enrolado os laços deles, por exemplo o laço dela com lúcio e ele ficou quase 200 caps para entender oque ela disse umas 20 vezes. mas a escrita te prende e é bom de ler...
Por favor a continuação 😭...
Gente cadê a continuação do livro, por favor liberem mais capitulos...