Deixe O Canalha, Abraçando Meu Novo Marido romance Capítulo 135

"Você bebeu?"

Alonzo ficou em silêncio por alguns segundos antes de perguntar com uma voz grave e agradável.

"Você gostaria?" - Eu não respondi e o questionei novamente.

"Onde você está?" - Alonzo também não respondeu, mas me fez a mesma pergunta.

"Deixa pra lá, eu já sei a resposta" - eu estava prestes a desligar, mas Alonzo me interrompeu.

"Clarice, onde você está? Em casa ou fora?" - A voz de Alonzo tinha um tom opressivo.

As emoções reprimidas explodiram de dentro de mim: "Quem você pensa que é para me controlar? Eu fico onde eu quiser, eu..."

De repente, Isadora se aproximou: "Sr. Gomes, fique tranquilo, ela está comigo, sou a melhor amiga dela."

Após falar, Isadora sussurrou no meu ouvido: "Se comporte bem quando está pedindo um favor."

Eu empurrei ela gentilmente enquanto brincávamos, e a voz de Alonzo veio do outro lado da linha: "Nós conversamos amanhã quando você estiver sóbria."

Ele desligou o telefone, e eu olhei para Isadora, perplexa: "Ele acha que eu estou bêbada."

Isadora riu: "Ele tem medo de você não se lembrar do que disse hoje, amanhã."

Eu tinha bebido, mas não estava tão mal assim.

Talvez, essa fosse a maneira dele de me rejeitar.

Afinal, ele ouviu quando eu disse que não gostava dele, agora ele devia pensar que estava brincando com os sentimentos dele ou talvez fosse uma forma de ele se vingar da minha rejeição.

A bebida me deixou tão atordoada que no dia seguinte não sabia nem a que horas Isadora tinha ido trabalhar, até que o barulho do meu celular me forçou a abrir os olhos.

"Alô" - eu atendi sem olhar o número.

"Clarice, você pode vir ao parque de diversões agora?" - A voz ansiosa de Daniel veio através da linha.

Quando eu ainda estava na empresa, Daniel, apesar de ser secretário de Lúcio, cuidava muito de mim por causa da minha relação com Lúcio.

Ele até mesmo organizava todos os presentes e planos para feriados que Lúcio me dava.

Parecia que Daniel tinha se dedicado mais a mim do que Lúcio.

"Não dá para falar por telefone, tem que ser pessoalmente" - a voz de Daniel estava meio desesperada.

Mesmo assim, eu não me deixei convencer: "Se não quiser falar, deixe para lá."

"Clarice" - Daniel de repente me chamou assim: "se você não vier, talvez eu seja demitido amanhã."

Eu franzi a testa, pensando em algo: "É Lúcio que quer que você me engane para ir?"

"...Sim" - Daniel respondeu, hesitante: "O Sr. Pereira quer que você vá ao parque de diversões porque ele... quer te pedir em casamento."