“Enrico Mendonça”
Ai, como era bom sair um pouco daquela casa! Aqueles irmãos do Martim eram completamente doidos, embora as garotas fossem gatinhas. Mas agora eu tinha uma missão a cumprir para a mamãe, conquistar a namoradinha do Emiliano e fazer daquele mané o corno da rodada. A mamãe até me deu dinheiro para alugar um carro, o que ia facilitar muito a minha vidinha de playboy. Assim, com o carro alugado, era hora de ligar para a Camilinha!
- Oi, gatinha! – Falei quando ela atendeu ao telefone. – É o Rico, irmão da Abigail. Você falou que eu poderia te ligar, que você me mostraria uns lugares legais na cidade.
- Ah! Oi, Enrico, como vai? Não imaginei que você fosse ligar tão rápido. – Parecia que a Camila não esperava que eu ligasse nunca. Eu quase ri.
- É que aquela casa da Abigail é muito chata, aquele bando de irmãos do Martim são uns folgados. – Eu falei em tom manhoso, para ver se ela ficava com pena de mim.
- É, eles são sim. – Ela concordou, mas não parecia muito disposta a conversar, parecia doida pra se livrar de mim, mas eu não podia perder o peixe no anzol ou a mamãe me mataria.
- Então, gatinha, está a fim de tomar um café comigo? – Eu sugeri rápido antes que ela me desse uma desculpa para desligar.
- Ai, sabe o que é, eu já tinha marcado com o Emiliano. – Eu duvidava muito disso, tinha certeza que ela estava fugindo de mim. Mas o que essa gatinha não sabia é que eu era insistente.
- Poxa, que pena! Mas não dá tempo nem pra um cafezinho rápido? Eu até já saí de casa. – Fiz um drama para ver se conseguia alguma coisa.
- Ai, que chato! Mas, olha, a minha prima está aqui em casa, sem nada pra fazer, ela pode te levar pra dar uma volta pela cidade. O que você acha? – Ela estava colocando a prima na jogada. Essa gatinha não era boba não, talvez a mamãe a tivesse subestimado.
- A prima é? Se você não pode, é melhor que voltar pra casa. – Eu concordei, no mínimo me aproximaria dela através da prima. E eu não queria mesmo voltar para aquela casa de maluco. Eu só esperava que essa prima fosse gatinha. – Me passa o endereço que eu vou buscar a prima.
Vinte minutos depois eu estacionei em frente a um prédio de apartamentos muito elegante. Fui até a portaria e o porteiro me indicou o andar e o apartamento. A Camila abriu a porta, estava uma gata naquele vestidinho vermelho e curto.
- Quê isso, hein, Camilinha, tudo isso para aquele idiota do Emiliano? O cara não merece! – Eu a cumprimentei e dei uma boa olhada naquele corpão que ela tinha.
- Ai, não fala assim do meu amorzinho. – Ela sorriu e me convidou para entrar.
- Então, cadê a prima? – Eu perguntei e aproveitei para dar uma olhada na sala daquele apartamento.
Era até grande, elegante e com uma vista maravilhosa da cidade com aquela parede de vidro. A Camilinha devia ter algum dinheiro, porque morar ali não devia ser barato e sem trabalhar, ainda?! Ah, de algum lugar o dinheiro vinha.
- Ah, olha aí, essa é a Letícia, minha prima. Lê esse é o Enrico, filho da madrasta da Abigail. – A Camila apresentou e a tal prima era uma delícia também. Eu tinha que dizer, a mamãe me deu um servicinho bom demais!
- Olha, que linda! Prazer, Lê! – Eu dei três beijinhos nela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...