“Letícia”
Foi muita maldade da Camila não me avisar que eles iam para um bar ontem, eu poderia ter aparecido por lá e agarrado o Martim. Mas, pelo menos aquela ridícula da Maria Luiza iria nos ajudar. Eu não gostava daquela mulher, nunca gostei, uma cara de sonsa, com aquele jeitinho fingido, só lixando as unhas e preparando o bote. Mas, era melhor que ela fosse minha aliada.
Avisei aquela sonsa que eu estava indo. Ela disse que quando eu chegasse, que esperasse ela sair da recepção e aí eu entrasse. E foi o que eu fiz. Assim que cheguei avisei a ela e quando ela saiu da recepção eu entrei e fui direto para a sala do Martim.
- Ah, mas eu não mereço! Sai daqui, Letícia, ou eu chamo a segurança. – O Martim reclamou quando eu entrei em sua sala, mas eu não liguei, ele ia parar de reclamar rapidinho.
- Você não vai chamar a segurança, Martim. – Eu me apressei e puxei o fio do telefone.
- Para com isso, Letícia! – Ele se levantou e eu aproveitei para me pendurar em seu pescoço.
- Martim, para de resistir, eu sei que você me quer. Você já deve estar enjoado dessa sem sal da Abigail. Vamos aproveitar, você sabe que comigo é divertido. – Eu passei a mão no peito musculoso dele e me estiquei toda para alcançar a sua boca, mas ele me empurrou, só que eu estava bem agarrada a ele e não o soltei.
Então ele empurrou de novo e deu a volta na mesa indo em direção à porta, mas eu fui mais rápida e quando ele estava passando pelo sofá eu me joguei em cima dele e nós caímos no sofá.
- Sai de cima de mim, Letícia! Eu não te suporto, entenda isso de uma vez! – Ele tentou me empurrar, mas eu me agarrei bem firme em sua camisa e montei nele.
- Ai, Martim! Eu estou com tanta saudade! Você também está que eu sei, está só se fazendo de difícil, mas eu sei que você me quer. – Eu comecei a me mexer para provocá-lo e tentei beijar o seu pescoço, mas ele apenas se debatia.
Nada nele parecia ganhar vida, nenhuma reação, como se ele fosse impotente. O que tinha acontecido com o homem gostoso e viril que eu conheci? Talvez ele só estivesse com medo da esposa aparecer e estivesse tenso. Bobo, que ela aparecesse e terminasse logo esse casamento sem sentido.
- Sai, Camila! – Ele me empurrava, mas eu estava agarrada nele como se fosse uma jibóia.
- Ah, Martim, você quer tanto quanto eu. – Eu ri e me remexi em cima dele, mas ele continuava sem reação, seu corpo não reagia.
- Algum problema aqui, ursinho? – A Abigail estava na porta de braços cruzados. Eu olhei pra ela e sorri, como se dissesse “está vendo, ele é meu”.
- Abi, não... – O Martim estava desesperado me empurrando, mas eu aproveitei que ele se distraiu com a Abigail e tentei beijá-lo, mas minha boca resvalou em seu maxilar, meu batom ficou impresso na pele dele e eu ri.
- Que selvagem! Assim eu gosto mais, Martim, você sabe! – Eu já nem prestava mais atenção à Abigail. Até que eu senti o puxão, bem no meio da minha cabeça, uma dor lancinante e eu fui jogada no chão, mas a dor na minha cabeça não passou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...