Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 79

“Martim Monterrey”

Eu estava bastante feliz naquela manhã, algo que eu não sentia há muito tempo. A Abigail e eu tomamos o café perto do escritório e quando chegamos encontramos o Emiliano logo na recepção.

- Bom dia, meu casal favorito! – Meu amigo também parecia de bom humor, ao contrário da Maria Luiza, que estava com a cara tão azeda quanto a da Magda.

- Bom dia! – A Abi e eu respondemos juntos.

- Bom dia, Marilú! – A Abigail provocou a Maria Luiza, que resmungou qualquer coisa.

A Abigail estava especialmente provocadora essa manhã e com um bom humor de fazer inveja nas inimigas, como diziam por aí. Eu me permiti pensar que talvez tivesse alguma coisa a ver com esse bom humor todo.

Nós caminhamos para as nossas salas e eu me despedi da minha esposa com um beijo quando chegamos à sua porta. Depois que ela entrou o Emiliano me olhou e eu conhecia aquele olhar, ele queria conversar. Fiz apenas um sinal para ele em direção a minha sala.

- Meu amigo, você e a Abi estão com uma cara tão boa, mas tão boa, que parece até que receberam uma boa notícia logo cedo. – O Emiliano comentou.

- Cara, eu achei que os hóspedes indesejados fossem deixar a Abi louca, mas ela tira a madrasta do sério. – Eu ri. – E meus irmãos, você conhece, estão lá garantindo que a estadia daqueles dois seja um pesadelo.

- Não! Você levou os seus irmãos pra lá? – O Emiliano se jogou no sofá da minha sala rindo.

- Todos os cinco! – Eu me sentei ao seu lado. – E hoje eu preciso convencer os meus pais a irem também, o que acredito que não será muito difícil, eles amam a Abi.

- Mas essa casa deve estar parecendo um hospício. – O Emiliano conhecia bem minha família e sabia que meus irmãos eram terríveis quando se juntavam com algum objetivo.

- Está divertido, pelo menos foi essa manhã. – Eu falei.

- Mas esse bom humor de vocês é só porque estão enlouquecendo a Magda? – Claro que o Emiliano sabia que não, mas ele estava curioso, assim como eu estaria se ele estivesse no meu lugar.

- Não mesmo! – Eu olhei para o meu amigo como se estivesse vendo passarinhos cantarem. – A Abi, Emiliano, ela é extraordinária!

- Ah, mas isso eu sempre te falei! – Ele me olhou como se eu não tivesse contado nenhuma novidade.

- Mais do que isso. – Eu expliquei. – Essa mulher é... cara, ela é incrível.

- Minha nossa, todo apaixonadinho! – O Emiliano riu.

- Acho que é mais do que estar apaixonado, Emiliano. Eu nunca senti isso antes, é um fogo que queima dentro de mim o tempo todo, uma vontade de estar com ela, uma preocupação de que ela esteja bem, não sei, não sei explicar. – Eu não conseguia colocar em palavras.

- Nem pela Alice? – Para essa pergunta do Emiliano eu sabia a resposta.

- Nem por ela. A Abigail é diferente de tudo, diferente de todas as mulheres que eu já conheci. – Eu fui sincero.

- Minha nossa! – O Emiliano se aproximou de mim. – Isso é grave! Você ama a Abigail, Martim!

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