“Martim Monterrey”
Eu sabia que a Abigail não gostou da idéia de ir para um happy hour com a Camila, mas eu não estava ansioso para chegar em casa, com aquele batalhão que estava hospedado lá, e eu queria conversar um pouco com o meu amigo.
- Me explica de novo, Martim, porque você concordou com isso? – A Abigail me perguntou pela segunda vez dentro do carro, enquanto rumávamos para o bar que combinamos.
- Abi, se nós quisermos conviver com o Emiliano, que é nosso amigo, fora do escritório, vamos ter que suportar a Camila. Além do mais, vai ser divertido vê-la se esforçar para ser simpática com você só para agradar o amorzinho dela. – Eu tentei dar a Abigail um motivo para ela aproveitar essa saída.
- Eu não sei não. Isso tem grandes chances de dar errado. – Ela balançou a cabeça.
- Você prefere chegar em casa cedo e aturar a cara da Magda e do Enrico? – Olhei pra ela com um meio sorriso e ela fez uma careta de desagrado. – Como imaginei!
- Mas nós não precisávamos incluir a Câmisinha na noite! – Ela reclamou e não estava errada.
- Mas você prometeu que vai suportá-la. – Eu falei e ela revirou os olhos.
- Eu preferia ir pra casa contar! – Ela reclamou e eu comecei a rir.
- Quem diria, Abigail, que você se tornaria uma tarada! – Eu brinquei com ela e ela me encarou.
- Você disse! – Ela deu um sorrisinho convencido. – Quando nós demos uns amassos naquele sofá, você disse que eu tinha potencial.
- É, sua doida, você tem! – Eu ri. – Vai, vamos nos divertir um pouco e quando chegarmos em casa eu vou te ensinar outras coisas. – Eu dei uma piscadinha pra ela e seus olhos brilharam de interesse.
- Combinado! Mas tem que me ensinar uma coisa que valha muito a pena, Martim, mas muito mesmo. – Ela tinha um sorriso cheio de malícia nos lábios.
- Você não vai se arrepender. – Eu retribuí o seu sorriso.
Quando nós entramos no bar de mãos dadas a Abigail estava sorrindo e já planejando como irritar a Camila. Minha insuportável não era nenhuma santa também!
- Finalmente o casalzinho chegou! – O Emiliano sorriu quando nos aproximamos da mesa. Ele chamou o garçom e nós pedimos as bebidas.
- Eu tive que atender uma ligação antes de sair. – Expliquei.
- E aí, Câmisinha, vamos brindar a nossa amizade? – A Abigail sugeriu quando o garçom colocou os shots de tequila em nossa frente.
- Ah, claro, Abizinha, que seja eterna enquanto dure! – A Camila respondeu. Aquelas duas se alfinetariam a noite toda. Nós brindamos e viramos os shots.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
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