Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 69

“Martim Monterrey”

No fim do dia a Camila ainda não tinha aparecido e eu estava grato por isso. Aquelas duas conseguiram acabar com o bom humor da Abigail, que não quis mais almoçar e se trancou em sua sala depois que voltamos do restaurante. Eu tentei de todas as formas fazê-la baixar a guarda, mas ela estava irredutível. Nem o lanche que eu mandei entregar abrandou o coração dela. Eu já sabia que quando ela se fechava assim, dificilmente se acalmaria.

Mas eu estava preocupado, afinal nós ainda receberíamos a sua madrasta em casa à noite e essa, pelo que eu já sabia, tinha potencial para despertar a fúria da Abigail só com a sua presença.

- Posso entrar? – Eu abri apenas uma fresta da porta da sala dela.

- Pode. – Ela respondeu, fria e sem levantar a cabeça.

- Vamos pra casa, coelhinha. – Eu chamei calmamente.

- Eu vou terminar isso aqui. – Ela respondeu quase que automaticamente, parecia que nem estava ali.

Eu criei coragem e me aproximei, me abaixei ao lado da sua cadeira e comecei a passar a mão em suas costas.

- Nós precisamos ir, coelhinha. Marcamos com o Tony. – Eu falava baixo e devagar, mas mal fechei a boca e escutei o estrondo da mão dela batendo na mesa com força.

- A outra vaca. – Ela se lembrou e apoiou a testa na mão.

- Eu sei que o dia foi cheio de confusão. – Eu virei a cadeira dela de frente pra mim e ela me encarou. – E eu sei que receber a outra vaca em casa vai ser difícil. Mas eu estou com você, coelhinha, nós vamos nos sair bem.

- Você está comigo, Martim? Está mesmo? Então como você deixa aquela periguete de quinta se sentar no seu colo? Me explica. – Ela cruzou os braços furiosa e me encarou.

Mas eu gostei de ouvir aquilo. Ela estava com ciúmes! Mas cedo ela me acusou de sentir ciúmes e eu estava mesmo enciumado, mas agora ela é quem estava com ciúmes e ela passou a tarde inteira pensando nisso. Eu não deveria, mas eu estava sorrindo.

- Isso é ciúme, Abi? Ciúmes de mim? – O meu sorriso era enorme e ela ficou furiosa.

- Escuta aqui, sua besta, você está casado comigo, comigo! E eu não vou aceitar que você fique por aí permitindo que uma safada fique se esfregando em você não, entendeu? – Ela estava até vermelha de raiva.

- Entendi. Entendi sim, mas eu só quero saber se é ciúme mesmo. – Eu a olhava divertido e satisfeito.

- Sua besta! – Ela bufou e eu comecei a rir.

- Minha insuportável! – Eu me levantei e a puxei da cadeira, a apertei bem em meus braços, ela estava relutante, eu a ergui e coloquei sentada sobre a mesa, então eu a beijei. – Não precisa ter ciúmes, Abi. Eu não permiti que ela se sentasse em meu colo, porque agora eu só permito que você se sente em meu colo, mas lá no restaurante, você foi mais rápida do que eu e tirou aquela periguete de quinta de cima do que é seu.

- É meu? É meu, mas está cheinho de gente aí querendo pegar. – Ela reclamou.

- Abi, você mesma disse que eu sou gostoso. – Eu brinquei e ela deu um tapinha em meu ombro, me fazendo rir. Eu a abracei e falei no seu ouvido: - Eu estou com você, Abi, só com você!

Nós ouvimos uma batida na porta, mas eu não a soltei, eu já imaginava quem era.

- Vocês estão vestidos? – O Emiliano perguntou do lado de fora.

- Entra logo, Emiliano! – Eu ri e a aconcheguei mais em meu braço.

Capítulo 69: Clima de tensão 1

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