Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 199

“Maria Luiza Melo”

Eu ainda estava viajando quando vi pela televisão a notícia do desabamento do prédio que estava sendo construído pela Lanoy Engenharia. Eu estava acompanhando todo o desenrolar daquilo e parecia que a Lanoy havia ficado em péssimas condições e isso me lançou ao desespero. A Mônica tinha me prometido um emprego!

Eu comecei a ligar para a Mônica desesperadamente, insistentemente, mas a chamada dava que o número estava fora da área de cobertura. Mas que inferno era esse? Essa maldita mulher não podia desaparecer agora, não assim, me deixando no prejuízo. Eu voltei logo para casa, não poderia me dar ao luxo de gastar mais nem um centavo que não fosse absolutamente necessário, não até conseguir um emprego.

E foi logo que eu cheguei de viagem que eu encontrei a minha vizinha, uma chata fofoqueira, nem me deixou entrar em casa e já veio logo com o falatório, contando que a filha tinha feito uma entrevista para emprego lá na Monterrey Quintana e que ela esperava conseguir a vaga, de recepcionista. Pelo menos dessa vez a fofoqueira foi útil. Claro que a riquinha da Pilar não ia durar muito lá, deve ter ficado cansada, não estava acostumada a trabalhar.

Eu deixei as malas em casa e saí correndo para a construtora, já que eles estavam procurando uma recepcionista, eu ia me oferecer, afinal eles só me demitiram por causa da implicância da Abigail comigo. Eu me arrastaria para agradar a chata da Abigail, me humilharia o quanto fosse preciso, mas eu conseguiria o meu emprego de volta, eu precisava. E era o que eu estava fazendo, parada ali em frente a eles me humilhando.

- A gente, a Marilu quer o emprego dela de volta! Sentiu nossa falta, Marilu? – A Abigail estava me provocando. Ai, como eu odiava que ela me chamasse de Marilu!

- Sim, Abigail, eu senti falta da construtora e dos meus colegas. Além do mais, eu preciso do emprego e até agora eu não consegui outro. – Eu me fiz de humilde, precisava convencê-los.

- Entendo! – A Abigail me olhava de um jeito estranho, parecia estar se divertindo com a minha presença ali. – Rapazes, vamos bater um papo com a Marilu, saber um pouco mais dela sobre essa saudade toda que sentiu da construtora. Vamos até a minha sala, Marilu!

Isso estava estranho. O Martim e o Emiliano não haviam falado nada ainda, a Abigail conduzia a situação como bem queria e parecia gostar muito de me ver ali. Eu não estava com uma boa sensação.

Nós fomos até a sala da Abigail e ela fez um gesto indicando que eu me sentasse em uma das cadeiras em frente a sua mesa. O Emiliano e o Martim se sentaram no sofá lateral e a Abigail se sentou de frente pra mim e me encarou.

- Me conta, Marilu, o que você fez nos últimos dias? – A Abigail estava sorrindo demais.

- Eu? Eu procurei um novo emprego, mas está tão difícil. – Eu me fiz de coitada.

- É não está fácil mesmo não. Mas porque eu devo acreditar que você vai se comportar agora? – Ela perguntou e era ai que eu me humilhava.

- Porque eu estou desempregada, Abigail, passando necessidade, eu senti na pele como a vida está difícil e eu tive tempo pra pensar que o nosso mal entendido foi uma bobagem. – Eu comecei com a baboseira.

- Mal entendido não, Marilu, você me detesta. – A Abigail me encarava placidamente.

- Não, Abigail, imagina, foi só uma implicância boba, uma besteira que está me custando muito caro e eu já entendi que preciso me comportar e melhorar. Mas eu te prometo que você não terá nem uma queixa de mim. – Eu tinha que prometer, eu teria que ser mais esperta para me livrar dessa chata.

- Hum! Entendi. Marilu, eu quero te mostrar uma coisa. Olha só, é um videozinho muito legal, é rápido. – Ela falou e eu achei estranho, que raio de vídeo ela queria me mostrar?

Ela girou a tela do computador para mim e a imagem surgiu, perfeitamente nítida. Eu acompanhei aquele vídeo, era eu roubando os arquivos do projeto do Mário Bianchi. Meu estômago revirou e eu me senti zonza. Como ela tinha aquele vídeo?

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar