“Emiliano Quintana”
Eu quase não podia acreditar que a Pilar, toda saidinha como era, ainda fosse virgem, mas era, estava escrito na cara dela quando eu a pressionei. Inexperiente eu sabia que ela era, os nossos primeiros beijos foram inseguros, como se sua boca ainda aprendesse o caminho. Mas virgem foi uma surpresa.
E eu não poderia simplesmente ignorar isso, a primeira vez de uma mulher era diferente, precisava ser especial, ou poderia ser um grande desastre traumático. Além do mais eu não ia tirar a virgindade dela com o irmão no quarto ao lado, isso era estranho demais. Então eu precisava sair daquela casa e conseguir organizar algo especial em tempo recorde, porque eu também não aguentaria mais esperar.
O problema é que ela estava tão desesperada quanto eu por aquilo e eu tive que me controlar muito para não parar aquele carro fora da estrada e colocá-la sobre o meu colo.
Quando chegamos ao meu apartamento eu a deixei na sala e fui até o quarto, os lençóis estavam limpos, pois a arrumadeira tinha feito a faxina, mas eu olhei para a minha cama e quis arremessá-la pela janela, eu estive ali tantas vezes com a Camila, a Pilar merecia mais do que isso.
De repente vir para o meu apartamento foi ainda pior do que ter ficado na casa de praia. O que eu deveria fazer? Eu estava surtando! Eu queria dar a Pilar algo único e inesquecível, mas ali, seria... como se eu estivesse fazendo pouco dela. Não, eu não podia fazer isso assim.
Eu voltei para a sala e ela estava sentada no sofá, parecendo nervosa e ansiosa, enquanto eu estava completamente desesperado e sem saber o que fazer. Logo eu, que já não era um menino, estava me comportando como um. Então eu fui até o sofá e me sentei ao lado dela.
- Podemos conversar? – Eu pedi e ela fez que sim. – Você é virgem e eu quero te dar uma primeira vez que você não esqueça, porque você merece algo muito especial.
- Eu pensei que você fosse sair correndo como se eu fosse algo contagioso só porque eu sou virgem. – Ela abaixou a cabeça.
- Vem cá, senta aqui no meu colo. – Eu chamei com a voz suave e ela montou em mim. Era uma provação sentir o calor dela. – Eu me sinto honrado por você ter me escolhido para ser o seu primeiro.
- Você vai roubar a minha inocência, biscoitinho? – Ela fez uma piadinha e eu relaxei um pouco.
- Ah, eu vou! – Eu brinquei. – Mas você pode me dar tempo para preparar algo especial, do jeitinho que você merece? – Eu pedi.
- Mas eu queria tanto! Estava tão bom o que você estava fazendo. – Ela choramingou.
- E vai ser melhor ainda se eu puder fazer algo especial. – Eu prometi. – Eu ia preparar algo aqui, mas quando eu cheguei no quarto, eu não posso ter a sua primeira vez numa cama que... – Eu nem sabia como explicar a ela.
- Na mesma cama que você dormiu com a Camila. – Ela pareceu entender a confusão dentro de mim. – E eu agradeço por isso. Mas você e esses seus dedos me deixaram...
- Frustrada. – Eu completei. Eu sabia o que ela estava sentindo. Ela precisava gozar. Ela estava frustrada, ansiosa e até um pouco nervosa. – Eu estou sentindo a mesma coisa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...