“Abigail Zapata Monterrey”
O Martim e eu estávamos conversando na sala de casa depois do jantar. Ele estava deitado com a cabeça no meu colo e eu passava os dedos pelos cabelos dele e ele, com uma mão, acariciava a minha perna. Era um momento agradável de relaxamento e tranquilidade. Os cachorros já tinha feito festa e estavam deitados nas caminhas que agora ficavam no corredor que dava acesso ao quarto da Seraphina, já que eles haviam se tornado a sombra dela e ficavam perto do quarto dela mesmo quando ela estava fora, como essa noite. O dia tinha sido tão cansativo, nós estávamos comentando sobre tudo o que aconteceu e eu estava contando sobre a ligação do Tony.
- Pois é, ursinho, a sua ex peguete agora é uma senhora casada. – Eu ri. – Imagina quando o pintinho amarelinho descobrir que o golpe dele deu errado.
- Ah, bem provável que aqueles dois continuem juntos, coelhinha. Minha mãe costuma dizer que um cachorro cheira o outro. – Ele riu. – Os iguais se reconhecem e se juntam.
- É, pode ser, ainda mais que ele está brigado com a mãe. - Eu pensei.
- Agora me fala da Pilar. O Emiliano estava uma fera com ela. De novo! – O Martim riu.
- Ela vai fazê-lo se arrepender de dizer que só vai tocar nela de novo depois que resolver a situação com a Camila. Agora, vê bem, o Emiliano é muito sem noção, porque essa história da Camila pode demorar. A Pipa está certa. – Eu comentei.
- Aquela construtora vai virar uma confusão. – Ele riu. – E nós vamos ter que aturar caladinhos.
- Ué, por que? – Eu não entendi.
O Martim se levantou e se virou sobre mim, me puxando para me acomodar deitada no sofá e pairou sobre mim.
- Porque, minha insuportável, eles não são muito diferentes de nós não e o Emiliano aguentou as nossas confusões. – Ele me lembrou e eu ri.
- Você vai ter que aturar, quem armava confusão era você. Eu sempre fui um anjo que você ficava atormentado. – Eu falei e ele riu.
- Um anjo? Sei. Minha insuportável, se no céu tiver um anjo como você, deus pede demissão. – Ele riu.
- Mas você não pediu demissão. – Eu o lembrei.
- Mas eu quis te demitir. O Emiliano não deixou. No fim eu já estava apaixonado por você. Acho que o anjo sou eu! – Ele brincou.
- Anjo? Você? – Eu ri.
- Fica rindo, mas me ama! – Ele me provocou e eu fiz que sim. – Eu estava pensando em retribuir o favor ao Emiliano.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...