“Maurice Lanoy”
Eu senti um cutucão de leve no meu braço, mas eu ainda não queria abrir os olhos, eu estava sonhando com a gostosa da secretária, não queria olhar para a Cassandra agora.
- Sr. Lanoy? – Eu senti me cutucar novamente e até ouvi a voz da secretária. – Sr. Lanoy? – Ela falou mais alto e eu senti um tapa no meu rosto.
Eu levei um susto e acordei com o rosto queimando tanto que eu passei a mão para tentar aliviar. Eu olhei em volta assustado e então eu vi a secretária em minha frente.
- Você me bateu? – Eu perguntei ainda confuso e meio sonolento.
- Me desculpe, Sr. Lanoy, mas o senhor não acordava. – Ela justificou, mas meu rosto ainda estava doendo.
- Você tem a mãozinha pesada, viu?! – Eu falei com as sobrancelhas franzidas. Como uma mulher de constituição tão delicada tinha uma mão tão pesada?
- Desculpe, senhor! – Ela olhou para baixo.
- Conseguiu falar com a Mônica? – Eu perguntei.
- Não, senhor. Eu liguei várias vezes e deixei inúmeros recados, mas até a hora que eu saí daqui ontem ela não tinha me retornado. – Ela falou.
- Está bem, assim que ela chegar peça para... espera, você disse ontem? – Eu estreitei os meus olhos. Não, eu não poderia ter dormido tanto, eu ia só cochilar por alguns minutos.
- Sim, senhor! Ontem o senhor me pediu para ligar para a Srta. Mônica. Antes de ir embora eu até entrei e tentei acordá-lo, mas o senhor não acordou. Eu imaginei que estivesse cansado e fosse dormir mais um pouco e depois fosse pra casa. Então eu fui embora. – Ela explicou.
- E você não me acordou ontem. – Eu estava furioso.
- Não, senhor, como eu ia adivinhar que o senhor ia dormir a noite inteira nessa cadeira desconfortável? – Ela me olhou como se eu fosse louco.
- Sua maluca! Como você vai embora e me deixa dormindo aqui? – Eu estava com muita raiva.
- O que eu poderia fazer, Sr. Lanoy? O senhor resmungou me mandando ir. E eu só dei um tapinha de leve no seu rosto agora porque fiquei muito preocupada. – A Sofia falava nervosa e gesticulava.
- Ai, tá bom, Sofia. Tudo bem. – Eu respirei fundo era tarde para reclamar. – A Mônica já chegou?
- Ainda não e eu não estou conseguindo falar com ela.
- Eu vou até em casa tomar um banho e me trocar. – Eu peguei o pen drive na gaveta e entreguei para a secretária. – Aqui, entrega isso para ela e peça para conferir e deixar tudo pronto para a reunião com o Freitas hoje. Você consegue fazer isso?
- Sim, senhor. – Ela respondeu como um ratinho assustado.
- Ótimo, assim que ela chegar você me avisa. – Eu falei e saí, deixando para trás a minha secretária, gostosa, pouco inteligente e com a mão muito pesada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...