Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 125

“Maurice Lanoy”

Eu fiquei bem impressionado com a tal Abigail, que mulher linda! E o Martim teve a sorte de se casar com ela. Mas eu daria um jeito dessa sorte não durar muito. Depois que a Abigail saiu do café, eu também fui embora, só estava ali para encontrá-la e dar início ao meu plano. Mas ela era mais arisca do que eu pensei, não quis conversa. Mas eu domaria a fera. Saí do café e fui direto encontrar o fotógrafo em seu estúdio.

- E aí, Paco, deu pra conseguir alguma coisa? – Eu perguntei assim que cheguei.

- Vamos ver, eu também acabei de chegar, mas acho que já dá para salvar alguma coisa. – Ele se sentou e abriu as imagens no computador e foi passando uma a uma.

- Olha, até que tem umas coisas bem boas aí. – Eu comentei, percebendo que algumas fotos poderiam exatamente dar a impressão de que a Abigail tivemos um encontro furtivo naquele café.

- É, nem precisa de muita coisa, só com um pouquinho de edição e você no mínimo consegue deixar a dúvida em quem vê uma dessas fotos. – Ele comentou.

- Ótimo, pra começar está bom! – Eu respondi ainda olhando para a imagem em que eu segurava a mão dela e ela olhava para trás, parecia que estávamos nos despedindo carinhosamente, mas sem chamar a atenção.

- Essa mulher é uma gata! Ficaria divina em uma das minhas produções. Quem é? – O Paco já estava sondando, mas eu ficaria bem caladinho.

- Não te interessa. Termina logo essas fotos, eu vou esperar. E nem comece a reclamar que eu te paguei muito bem. – Eu me recostei na cadeira e esperei.

Uma hora mais tarde eu saía do estúdio do Paco. Eu enviaria essas fotos para o Martim, de forma anônima. Claro que isso , no mínimo, geraria a desconfiança e uma confusão entre ele e a esposa.

Mas agora eu precisava resolver um outro problema, precisava convencer o Antônio Guerreiro a investir na minha empresa. Por isso eu tinha que voltar depressa, eu tinha um horário marcado com ele. Não tinha jeito, ele era a minha tábua de salvação.

No dia anterior eu convenci a Cassandra, minha devotada e rica esposinha, a me ajudar a convencer o pai a me dar dinheiro para cobrir o rombo da minha empresa. Mas ela não havia conseguido nada com o pai. E eu jurava que o velho grego iria ceder aos apelos da filha, ele fazia tudo o que ela queria, mas colocar dinheiro na minha empresa parecia ser o limite dele. Ele se recusou terminantemente, mais uma vez.

E para piorar, eu havia sofrido mais um golpe, eu havia convencido o fiscal que esteve em uma das minhas obras e queria embargá-la a fingir que não viu nada e isso me custou uma pequena fortuna da minha conta pessoal. Os fiscais estavam cobrando propinas cada vez mais altas, isso era um absurdo, deveria existir uma tabela para o suborno!

Então eu precisava convencer o Antônio, mesmo que isso significasse entregar metade da minha empresa temporariamente para ele. Depois eu tomaria de volta, de um jeito ou de outro. Cheguei ao escritório e a secretária me disse que ele já estava me esperando na sala de reuniões.

- Como vai, Antônio, me desculpe o atraso, mas eu fui ver uma obra e o trânsito estava uma loucura. – Eu justifiquei logo o meu atraso de vinte minutos.

- Se você tinha uma reunião no escritório, deveria ter saído mais cedo da obra ou ter deixado para ir depois. Eu não gosto de atrasos e isso já depõe muito contra você. – Que pessoa era esse Antônio, mas como dizem, por causa do santo a gente beija as pedras.

- Não vai se repetir, Antônio. – Eu afirmei com seriedade e ele me olhou com desdém.

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