“Abigail Zapata Monterrey”
Eu queria ser uma mosquinha para ver o que estava acontecendo na sala de reuniões da Lanoy. Aqueles ladrõezinhos de meia pataca aprenderiam uma lição, isso eu tinha certeza. O Martim, o Emiliano e eu nos juntamos na sala do Emiliano para esperar notícias, estávamos todos ansiosos, doidos para saber como tinha sido.
- Abi, de onde você tirou essa idéia para fazer um projeto horroroso daqueles e cheio de erros? – O Emiliano me perguntou.
- Eu só dei àqueles dois um pouco do próprio veneno, Emi. – Eu respondi. – Lembra dos projetos com os dados errados que eu tive que corrigir enquanto o Martim apresentava ao cliente? Pois é, foi daquela sabotagem que eu tirei a idéia. Porque ninguém tira da minha cabeça que aquilo teve dedo deles através da sonsa da Maria Luiza.
- Faz sentido. Mas será que eles não vão fazer o mesmo que você, corrigir durante a reunião? – O Martim perguntou.
- Impossível, porque eles não fizeram o projeto, eles não têm idéia dos cálculos, faltam muitas informações. Eles vão se dar muito mal, ursinho! – Eu dei um sorriso triunfante.
- Que maquiavélica a minha esposa! – O Martim brincou e me deu um beijo.
- Ai, dois melosos, eu não mereço. – O Emiliano brincou.
- Camila, você não pode ir entrando assim sem ser anunciada. Camila, eles estão em reunião, você não pode entrar assim. – Nós escutamos a voz da Pilar do lado de fora.
- Ah, sai da minha frente, garota! Essa é a empresa do meu noivo eu entro onde eu quiser e na hora que eu quiser. – A Camila foi muito ríspida com a Pilar e abriu a porta abruptamente. – Amorzinho, olha o que a sua nova recepcionista fez, queria barrar a minha entrada. Você não deveria contratar essa adolescente mimada para trabalhar aqui, imagina se eu fosse um cliente importante. – A Camila foi direto ao Emiliano, se dirigindo a ele com a voz chorosa.
- Eu não sou uma adolescente! – A Pilar respondeu enfurecida. – Emiliano, eu só estou fazendo o meu trabalho.
- Eu sei, Pipa. Pode deixar comigo, obrigado! – O Emiliano dispensou a Pilar e eu fiquei irritada.
- Pode deixar nada, Emiliano, sua noivinha no mínimo deve desculpas a Pilar pela grosseria. – Eu saí em defesa da Pilar e sim, a confusão estava armada.
- Me desculpe, Emiliano, mas a Abigail tem razão e eu não falo isso por se tratar da minha irmã não, e também nós poderíamos estar com um cliente ou fornecedor importante. Isso aqui é uma empresa, as pessoas, ainda que seja a minha mãe, não podem sair entrando! – O Martim me apoiou e eu encarei a Camila.
- Vocês têm razão! Camila, por favor, se desculpe com a Pilar, ela não é uma adolescente e ela agiu corretamente, é você unicamente que está sendo infantil e mimada. – O Emiliano falou com a Camila, mas ela não estava muito interessada em fazer o que ele dizia.
- Eu não vou me desculpar com essa menina, Emiliano! – A Camila bateu o pé e cruzou os braços.
- Camila, por favor! – O Emiliano pediu, mas não adiantou, a Camila simplesmente ignorou. – Pessoal, vocês podem me deixar falar com a Camila, por favor? – O Emiliano estava nitidamente constrangido.
- Eu vou voltar para a recepção! – A Pilar se virou e saiu, mas eu senti que ela estava decepcionada.
- Vamos, Abi! – Eu estava pronta para dizer umas verdades na cara da Camila, mas o Martim me fez sair da sala.
- Martim, essa mulher não pode ir entrando assim achando que isso aqui é o shopping, não! – Eu estava indignada, não era a primeira vez que acontecia, mas antes a Maria Luiza nunca estava na recepção.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...