Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 89

Por fim a morena apanhara o celular novamente e sorrira para o vocalista, acenando com a cabeça enquanto saía pelo corredor. Josh voltara e se sentara ao lado de Isadora, como antes.

—O que ela queria? – indagara a mulata em outro sussurro.

—Vai entender – respondera o rapaz suspirando.

Dois minutos depois Valentine retornara com uma caixa de papelão onde haviam sido colocados os pertences pessoais de cada um, joias e celulares. Os quatro apenas permaneciam em silêncio. A policial seguira até a mesa e deixara a caixa sobre ela. Em seguida avançara até a porta da cela e a destrancara.

—Quinze minutos – dissera ela seriamente, encarando Josh.

Logo depois voltara pelo mesmo caminho por onde viera.

—O que está acontecendo? – indagara Leonel se voltando para o outro. Não era hora para enrolação.

Joshua tomara Isadora pela mão e se levantara.

—Nós vamos cair fora daqui agora – explicara, se referindo a si mesmo e a garota consigo – Se forem espertos e eu sei que são, virão conosco.

—Mas… do que está falando? – resmungara a loira.

—Quieta – censurara Leonel se dirigindo de forma severa à garota – O que a policial queria? Pode explicar?

O sujeito loiro torcera os lábios, mas decidira responder.

—Como ouviram, temos quinze minutos, então vou resumir. Bobby conhecia Valentine há algum tempo e ligou para ela, disse que me conhecia, quem eu sou e explicou quem somos – Isadora também ouvia atentamente ao que o sujeito dizia – Nenhum de nós tem ficha criminal, mas já fomos identificados no sistema pelas redes sociais, Facebook, Twitter, Instagram. Sabem o que isso significa? Quando o delegado chegar em alguma horas, Miss Wingates estará ao seu lado. Preciso dizer mais?

—E eles, os policiais, simplesmente nos deixarão ir? – perguntara Leo.

—Valentine já cuidou disso, temos que dar o fora daqui.

—De qualquer forma – resmungara Trixie – Já estamos fichados no sistema deles agora, possuem nossas digitais e nossa documentação.

—Por sua culpa – rosnara Isa.

Josh encarara a nerd com a expressão de poucos amigos ao mesmo tempo que Leonel fazia o mesmo com a loira. Se deixassem as duas impulsivas como eram, nunca sairiam dali, a não para uma prisão.

—Valentine vai cuidar disso, temos dez minutos agora – explicara o loiro, já impaciente – As câmeras de segurança serão religadas daqui a pouco, mas as gravações conosco já estão sendo apagadas, assim como o Boletim com nossas digitais e identificações. Só precisamos estar longe daqui o quanto antes.

—Vamos pegar logo nossas coisas – dissera Leonel – Imagino que ela disse como saímos sem passarmos pela recepção, certo? – emendara se voltando ao acompanhante da nerd naquela noite.

—É uma delegacia pequena, vamos sair pela porta dos fundos. Já tem um táxi nos esperando, vai nos levar para longe daqui. Cortesia do Bobby.

—Agradeça ao seu amigo depois… por mim – pedira Leonel – Não era minha intenção que as coisas ficassem assim essa noite. A propósito, por que está nos ajudando? – perguntara em um sussurro.

—Diga – ordenara Leonel, imperativo. Trixie olhava para o lado, fingindo que não ouvia ou que não falavam com ela – Diga! – exclamara o sujeito, claramente enfurecido – Diga ou comece a caminho de volta para casa.

—Me desculpe… – respondera a loira a contra gosto, encarando a nerd.

—Não era necessário – argumentara Isadora – Pedidos de desculpa só tem valor quando são sinceros. Sabemos que não são.

—Olha, sua… – começara Trixie quando Leonel a segurara pelo braço com força, fazendo com que a mesma exclamasse em um gemido.

—Estamos indo – voltara a falar o empresário – Me desculpem novamente por essa noite, lamento por tudo que aconteceu. Se Miss Wingates nos procurar por algo relacionado ao ocorrido, garantirei que não sejam prejudicados.

Aquela era uma promessa que Leonel não poderia cumprir com certeza.

—Tudo bem. Vamos apenas seguir nossos caminhos – respondera Josh.

Aquilo não significava uma trégua, mas um cessar fogo momentâneo.

Isadora abraçara Joshua pela cintura e cada casal tomara um caminho em sentidos opostos. Àquela hora, no centro de Hill Valley, as ruas estavam quase desertas. Névoas de vapor subiam dos bueiros e luzes em neon e led clareavam as fachadas das lojas. Havia uns poucos bares e clubes abertos, mas Isadora não queria mais ficar ali. Nem ela, nem o companheiro.

Pouco depois, já no carro, o casal pegava a estrada de volta para San Dimas. Agora no interior do Impala, Isa se sentia melhor, aquecida e segura. Josh ligara o player e a música Smells Like Teen Spirit começara a tocar, no entanto, Isadora logo percebera a voz do vocalista.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Contos Eróticos: O Ponto I