Contos Eróticos: O Ponto I romance Capítulo 74

Para sua surpresa, logo em seguida o fantasma da Guerreira de joelhos se lançara em grande velocidade contra todos os inimigos que se aproximavam. A Sacer já havia conferido muitos ataques poderosos, mas aquele estava além do que jamais sonhara. Em poucos segundos mais de uma centena de oponentes tinham sido abatidos. Lilith com certeza mantinha a posição de Conquistadora mais forte do servidor.

Após o massacre, o fantasma retornara para o corpo de sua dona e Lilith se levantara, embainhando a espada e alongando os braços. Kitty já estava ficando sem energias, então liberara o cajado, recolhe as asas e pousara na areia.

—Garota, confesso que até me assustei – sorrira a menina loira.

—Também me impressionou quando a testei pela primeira vez, mas admito que é uma habilidade incrível. Infelizmente demora um pouco para ser ativada e consome energia demais. E se o corpo real for atingido durante o processo, a duplicata desaparece – explicara a Guerreira.

—Se ver pelo lado bom – comentara a Sacer – Você exterminou todo mundo na área. Temos uns minutinhos para recuperarmos nossas forças até que novos inimigos apareçam. Podemos relaxar.

—Realmente – respondera a Guerreira. Embora Lilith não lembrasse a nerd que a controlava em nada, era uma personagem linda. Os cabelos vermelhos se elevavam com o vento na área costeira e seus olhos verdes brilhavam tanto que se destacavam – Adorei suas asas. Lindo esse visual da sua nova habilidade. Sem falar na eficiência, vai ser muito útil nas próximas explorações.

Katie alternara o bate-papo do jogo entre as duas de público para privado. No modo público qualquer jogador que passasse próximo a elas poderia ouvir o que estavam conversando. O canal privado permitia uma conversa particular apenas entre elas. Embora a área parecesse deserta, alguém poderia conectar e aparecer no meio da conversa ou mesmo estarem sendo observadas por um jogador usando um cristal de invisibilidade.

—Poderíamos deixa a Lilith e a Kitty repousando em Alma – Alma era o nome de uma cidade no jogo, a mais próxima de onde estavam naquele momento – E então relaxarmos um pouquinho só nós duas. Quem sabe te roubar um beijo…

—Melhor não – respondera a nerd – Não agora…

—Não… agora…? – dissera a loira repetindo pausadamente as palavras da amiga – Fora detectado com sucesso… – argumentara em um sussurro.

Lilith não respondera, apenas apanhara uma maçã da mochila que levava e a oferecera para a garota loira ao seu lado.

—Coma – dissera a Guerreira – Vamos perder tempo indo até Alma, mesmo usando cristais de vórtices. Precisamos recuperar nossas energias rápido. Logo novos inimigos irão aparecer, estou ponderando que alguns deles possam estar carregando itens novos que nos possam ser úteis. Armas, armaduras, artefatos, não importa o que eles tenham, eu quero – sorrira.

—Ah, admiro sua ambição… – respondera a loira com desdém, apanhando a maçã e se virando de costas para a amiga.

—Não tenha medo, estou muito mais forte – Lilith era confiante – Ficaremos bem e vamos ter bons saques no final.

—Nunca sinto medo quando estou com você – comentara a Sacer ainda de costas para a amiga – Lembre que sempre sou eu quem cura seus ferimentos. Mas lembre também que estamos em uma área nova com inimigos novos. Não descarte a possibilidade de alguns deles serem páreo para seus novos poderes.

—Sempre espero por um inimigo mais poderoso – respondera a ruiva – Mas aí me lembro que não sou apenas eu que a protejo. Você está sempre lá para cuidar de mim também.

Kitty não respondera. Continuara de costas observando o sol vermelho que se colocava no horizonte, além das ondas do mar. Lilith, por outro lado, usava a habilidade exclusiva de Caçadora que tinha para procurar inimigos na floresta.

Ao longe, diversos novos grupos de jogadores surgiam combatendo outras hordas de inimigos ao longo da costa. Porém, não havia qualquer nova ameaça próxima da dupla naquele momento.

Por fim lhe mordera a orelha de leve e após ouvir um gemido, erguera a face novamente, deixando que seus olhares se encontrassem.

—Eu… – começara Katie.

—Não te dei um fora – rebatera a nerd antes que a loira dissesse algo mais.

—Foi o que pareceu…

—Mas não foi.

—Antes parecia, mas agora já sinto que devo reavaliar meus sentidos…

Isadora sorrira.

—O que preciso que entenda é que não desejo que nossos encontros sejam apenas uma desculpa para sexo daqui em diante – sussurrara a garota – Amei o que aconteceu tanto quanto você. Mas quando a encontrar, quero minha amiga presente em primeiro lugar, sempre. Vamos transar de novo em algum momento, não vamos controlar um desejo que sentimos a vida toda. Mas preciso de você para tudo que já era parte em minha vida. Preciso de uma amiga para estudar, falar sobre homens, sobre comida, para comer comigo, jogar comigo. Não quero que minha amiga se torne minha namorada, quero minha amiga com todos os benefícios que ela me traz. Me entende?

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