Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 296

Estava sentada na beirada da cama, mexendo distraidamente no celular e olhando para o relógio de mesa que marcava quase meia-noite. Nate havia ficado para "terminar uma conversa" com Alessandra e eu não me sentia confortável com isso.

Não era ciúme, pelo menos não o tipo infantil e possessivo que fazia algumas mulheres perderem o controle. Era algo mais sutil e mais perigoso - a consciência de que Alessandra era mestra em jogar com sutilezas, em plantar sementes de dúvida com comentários aparentemente inocentes, em criar situações que pareciam casuais mas eram cuidadosamente orquestradas.

Respirei fundo, lembrando a mim mesma da determinação que havia tomado. Eu não ia me deixar abalar. Não ia dar a Alessandra a satisfação de me ver desmoronando ou criando dramas desnecessários. Seja lá o que ela estava tentando fazer, eu estava preparada para enfrentar.

Finalmente, ouvi passos na escada e a porta do quarto se abriu. Nate entrou mais sério que o normal, mas quando seus olhos encontraram os meus, pude ver alívio genuíno em sua expressão.

— Desculpa pela demora — disse, caminhando até mim e se sentando ao meu lado na cama.

— Tudo bem? — perguntei, estudando seu rosto cuidadosamente.

— Agora sim — respondeu, pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. — Só queria deixar algumas coisas claras com ela.

— Tipo?

— Que os presentes caros dela não são bem-vindos. Que ela não pode simplesmente aparecer aqui e agir como se fosse parte da família. E que nós estamos juntos e ela precisa aceitar isso de uma vez por todas.

Havia algo na forma como ele disse isso que me fez sentir que havia mais detalhes sendo omitidos, mas decidi não pressionar. Se fosse importante, ele me contaria quando estivesse pronto. Nossas mãos entrelaçadas descansavam entre nós na cama, e pude sentir um pouco da tensão deixando seus ombros.

— E ela aceitou bem? — perguntei com ironia.

— Como esperado — Nate respondeu com um meio sorriso que não chegou completamente aos olhos. — Mas pelo menos agora está claro onde eu me posiciono.

Ele se inclinou para me beijar, um beijo suave mas carregado de significado. Quando nos separamos, seus dedos traçaram delicadamente minha bochecha, como se estivesse memorizando o momento.

— Obrigado por aguentar tudo isso hoje — disse baixinho. — Sei que não foi fácil ter ela aqui, fazendo aquelas insinuações durante o jantar.

— Estamos juntos nisso — respondi simplesmente. — Seja lá o que ela estiver planejando, vamos enfrentar juntos.

Na manhã seguinte, descemos para o café da manhã e encontramos Tori e Alessandra já na sala de estar, conversando em vozes baixas próximas à janela que dava para o jardim coberto de neve. O tom parecia tenso, com Alessandra gesticulando de forma expressiva enquanto Tori a ouvia com atenção concentrada. Mas no momento em que nos viram descendo as escadas, a conversa mudou abruptamente.

— ...então é por isso que a festa de Ano Novo vai ser tão especial este ano — Alessandra estava dizendo com um sorriso radiante, como se fosse a continuação natural de uma conversa completamente diferente.

— Bom dia — disse Nate, claramente desconfiado da mudança súbita de assunto e tom.

— Bom dia! — Tori respondeu animadamente, talvez um pouco exageradamente. — Estávamos falando sobre como a festa da Bellucci promete ser incrível.

Murmurei discretamente para Nate enquanto nos dirigíamos à mesa do café:

— Ela já deve estar fazendo minha caveira para sua irmã.

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