Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário romance Capítulo 293

O celular de Nate estava ali, à vista de todos, no canto da mesa próximo ao seu cotovelo. Não havia apitado com a chegada de mensagem, não havia acendido a tela com nenhuma notificação. Nenhum sinal de que tivesse recebido qualquer tipo de comunicação nos últimos minutos desde que enviei minha pergunta devastadora.

Observei discretamente enquanto fingia prestar atenção na conversa animada. Cada segundo que passava sem resposta me dava uma falsa sensação de alívio, como se a ausência de reação pudesse de alguma forma negar a realidade que estava se cristalizando na minha mente.

— O seu telefone está no modo 'não perturbe'? — perguntei casualmente, interrompendo minha própria observação silenciosa.

Nate parou no meio de uma garfada e me olhou com surpresa genuína.

— Não — respondeu, franzindo ligeiramente a testa. — Por quê? Aconteceu alguma coisa?

Senti meu coração acelerar ao ter que improvisar uma resposta que soasse natural.

— É só para sabermos se Alessandra entrar em contato — expliquei rapidamente, tentando soar despreocupada. — Caso ela precise mudar os planos de novo ou algo assim.

Nate assentiu, parecendo aceitar a explicação, embora ainda houvesse uma pontada de curiosidade em seus olhos.

— Vamos torcer para que ela mude — riu-se.

Quase instantaneamente, como se o universo estivesse conspirando contra meu sistema nervoso, o barulho alto e súbito de uma notificação de mensagem preencheu o ambiente da pizzaria.

Pulei literalmente na cadeira, meu corpo reagindo involuntariamente ao som que havia estado esperando com tanta ansiedade. Nate imediatamente colocou a mão sobre a minha num gesto automático de calma, seus olhos me estudando com preocupação crescente.

— Ei — disse suavemente, seu polegar traçando pequenos círculos reconfortantes no dorso da minha mão. — Está tudo bem?

Mas o som não havia vindo do telefone dele. Era o celular de Sarah, que já estava pegando o aparelho e começando a digitar uma resposta com o sorriso de quem havia recebido uma mensagem agradável.

— Desculpem — disse ela, sem levantar os olhos da tela. — É minha irmã mandando fotos dos sobrinhos vestidos para o Natal.

O telefone de Nate continuava completamente silencioso e imóvel na mesa.

Respirei fundo, sentindo os músculos que nem sabia que estava tensionando finalmente relaxarem. Não era ele. Era só mais uma coincidência bizarra do universo. Talvez eu estivesse sendo paranoica, conectando pontos que não tinham conexão real, construindo uma teoria conspiratória elaborada baseada em casualidades estranhas mas explicáveis.

Talvez eu tivesse um tipo. Outras pessoas escolhiam parceiros baseadas em aparência física, personalidade, ou status social. Eu, aparentemente, me apaixonava por homens com... preferência pelo mesmo sabor exótico de pizza. Era quase cômico, se não fosse tão perturbador.

Foi quando o som de um telefone tocando novamente cortou meus pensamentos de alívio.

Dessa vez, reconheci instantaneamente o toque - era meu próprio celular, tocando com a música que havia programado especificamente para chamadas da família.

— Desculpem — disse rapidamente, pegando o telefone e vendo o rosto familiar da Zoey na tela de videochamada. — É minha família. Posso atender rapidinho?

— Claro — Nate disse imediatamente, e os outros assentiram com sorrisos compreensivos.

Aceitei a chamada e imediatamente fui recebida por um coro animado de "Feliz Natal!" vindos de várias vozes familiares. A tela mostrava minha família reunida na sala da mansão - minha mãe e meu pai sentados no sofá, Zoey segurando Matteo no colo, e Christian aparecendo parcialmente no canto da tela.

— Feliz Natal para vocês também! — respondi, sentindo uma onda de saudade e carinho ao ver todos juntos.

— Olha só quem está aqui — Zoey disse, virando a câmera para focar em Matteo, que estava usando um gorrinho natalino vermelho adorável e babando ligeiramente no próprio punho.

— Diga 'titia' para a Anne, Matteo. Titia!

Matteo olhou diretamente para a câmera com aqueles olhos grandes e curiosos, abriu a boca e emitiu uma série de sílabas completamente emboladas que não se pareciam nem remotamente com "titia", mas que fizeram meu coração derreter completamente.

— Bah-dah-gah — disse ele solenemente, como se tivesse acabado de pronunciar a coisa mais importante do mundo.

Todos riram, inclusive eu, e senti uma pontada de saudade tão forte que quase doeu fisicamente.

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