Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 61

Ele levou a mão ao rosto, confuso:

- Você é louca, Bárbara? – falou em tom de voz alterado.

- Eu... Perdi algo? – Ben perguntou. – Há quanto tempo vocês estão no elevador?

- Ele... Estragou. – expliquei.

- Não... Eu chamei e ele veio.

- Estragou, sim. – Confirmei.

- Bárbara pode ter estragado de propósito, só pra ficar trancada comigo, se aproveitando do meu corpinho sarado. Ela é uma degenerada, com picos de agressividade.

Encarei-o e ele avisou:

- Se me bater de novo, vou levá-la pela escada... E aposto que não vai esquecer nunca mais o que vou fazer com você.

- Vai mandar me prender de novo? Me botar para fora do meu próprio prédio?

- Quer descobrir? - sorriu, com o canto dos lábios.

- Boa noite, Casanova. – Saí do elevador, pegando Ben pelo braço.

- Não vai me apresentar seu amigo? – ele saiu atrás de Ben.

- Sou Ben. O melhor amigo dela. – Ben parou, dando-lhe a mão estendida.

Heitor pegou a mão de Ben e a beijou:

- É um prazer, Ben.

Desgraçado... Tentando conquistar meu amigo.

- Sou...

- Heitor Casanova. – Ben completou. – O dono da Babilônia.

- Posso lhe dar ingressos grátis. – Ele sorriu.

Ben colocou a mão no peito, fingindo enfartar:

- Por meus sais... Jura? Quer um café?

- Se não for incomodar.

- Claro que vai. É tarde. – falei.

- Entre, Heitor. – Ben abriu a porta. – Posso lhe chamar de Thor?

- Claro. – Ele assentiu. – Pode me chamar do que quiser. – Entrou. – Não quer entrar, Bárbara?

- Acha que pode me convidar para entrar na minha própria casa? – falei, passando por ele feito um furacão.

Quando percebi ele estava sentado no sofá da nossa sala, conversando com Ben sobre a Babilônia.

- Babi, passa um café para nosso convidado. – Ben cruzou as pernas para cima do sofá, sem pressa de sair dali.

- Ben, eu acabei de voltar do hospital.

Ben me olhou:

- Cólicas, Babi?

- Sim...

Ele levantou e me abraçou:

- Realmente, sua carinha está péssima.

- Eu a levei ao hospital. Fez vários exames e assim que estiverem todos prontos, ela voltará até lá para ver o que pode ser feito. Conviver com dores não é algo que se possa aceitar nos dias de hoje, com a medicina tão avançada. – Heitor falou.

- Tem razão... Eu já disse isso para ela. Endometriose é coisa séria. – Ben me olhou.

- Não... Você não odeia ele. Eu percebi que tinha algo errado desde o momento que ele mandou escrever aquilo na fachada do nosso prédio. O homem gerencia a maior casa noturna do país e é dono de uma empresa de bebidas exportadas para o mundo inteiro. O que o faria perder seu precioso tempo procurando alguém para uma atitude infantil de pichar a fachada de um prédio? Ou se dispor a falar com alguém numa delegacia num domingo?

- Olhe para mim... Eu sou só Bárbara Novaes... Ele não se interessaria por mim.

- Sim, ele não só se interessaria... Ele “está” interessado.

- Não vou ser a aposta pessoal dele... Tipo, que vai transar comigo porque o desafiei.

- Não acha que isso vai além de sexo, Babi?

- Você fala como se eu estivesse me relacionando com ele, Salma. E isso não está acontecendo.

- Heitor Casanova... Na nossa casa. – Ela alisou a barriga e eu levei minha mão sobre a dela.

- Maria Lua, diga para sua mãe que ela está enganada. Que o chefe dela é lindo, mas arrogante, tarado e... Não escute esta tia louca aqui. Você não pode ouvir estas palavras ainda... É apenas um bebê. Me desculpe.

- Babi, escute... Eu não quero ver Heitor Casanova. E não quero que ele me veja... Por favor.

- Por quê?

- Por favor... Não quero... Só isso. Respeite a minha vontade.

- Você fala como se... Tivesse medo dele.

- Não tenho medo dele. Mas... Eu fiz uma burrada amiga. Muito, muito grande... Me perdoe. – Ela me abraçou.

- O que houve, Salma?

- Eu... Não posso mais desfazer. Me desculpe.

- Salma, para tudo tem solução.

Ela balançou a cabeça:

- Eu... Estou com fome. Vou comer e ir um pouco mais tarde hoje para a Babilônia. Mas não quero ver meu chefe. Não quero... Me envolver no relacionamento de vocês.

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