Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 33

Me colocaram sentada numa cadeira, vigiada por um policial, enquanto o delegado atendia outras pessoas que estavam na minha frente. Percebi claramente que o meu “crime” era o mais leve ali.

Enquanto eu aguardava na fila dos delinquentes, batia meu tênis insistentemente no chão, ansiosa, até que vi Ben e Daniel entrando.

Ben quase atropelou o policial e veio até mim, correndo. Levantei e nos abraçamos.

- O que houve, meu amor? O que fizeram com você?

- Ben, o desgraçado do Casanova me acusou injustamente. – Menti.

- De que?

- Eu... Não sei.

- Babi, me diga que você não se meteu com o CEO da Babilônia, por favor. – Ben olhou nos meus olhos.

- Ele não é só CEO da Babilônia. É CEO da North B. também. – Daniel explicou.

Ben me encarou:

- Você é só uma pedrinha no sapato dele... Sabe disto, não é mesmo?

Assenti, assustada e me dando em conta do que eu tinha feito e o quanto poderia complicar ainda mais a minha vida, que já era mais que difícil.

Antes de eu me arrepender por completo, o Delegado chamou meu nome.

Levantei e Ben e Daniel foram comigo.

O policial abriu a porta e sentei na frente do delegado, amedrontada.

- São seus advogados? – ele perguntou.

- Amigos. E já digo: ela não fez nada. – Ben sentou ao meu lado, cruzando as pernas enquanto Daniel colocou as mãos sobre meus ombros, mostrando que também estava comigo.

Ele leu um papel que tinha em sua frente e disse:

- Quem, em juízo perfeito, provocaria Heitor Casanova? – me encarou.

- Ele me provocou primeiro... E eu posso provar.

- Então prove, senhorita Novaes. – O delegado se recostou na cadeira, espreguiçando-se. – Sinceramente, estou curioso com suas explicações.

- Heitor Casanova me chamou de bêbada, assassina, atrevida e louca.

- E você, então... O que fez?

- Eu fiquei puta e...

- Não use palavras deste tipo aqui, senhorita Novaes. – Ele falou em tom de voz alto.

Me encolhi:

- Eu fiquei... Furiosa e...

- E veio até mim. Consolei-a e disse: vamos embora, minha amiga. – Ben olhou para o delegado. – Então fomos para casa. E Babi precisou sair de novo e então a prenderam, injustamente, confundindo-a com outra pessoa, só pode.

- Hum... – ele olhou novamente para o papel na sua frente. – Como é mesmo o seu nome? – ser referiu a Ben.

- Benício, mas pode me chamar de Ben. Odeio que me chamem de Benício.

- Pois bem, “senhor Benício”. – Ele enfatizou o nome que Ben disse odiar. – Não o vi nas câmeras do prédio da North B., enquanto a senhorita Novaes escrevia “desclassificado”, riscando com uma chave, no Maserati comprado há exatos seis meses pelo senhor Heitor Casanova.

Ben começou a tossir sem parar, quase se afogando, enquanto colocava a mão no peito, parecendo numa crise de ansiedade.

- Eu não posso ficar presa. Muito menos com a acusação na minha ficha.

- Não me pareceu preocupada quando mentiu ao segurança e riscou meu carro novo.

- Eu não sabia que era novo.

- Pouco importa. Quero saber como vai me pagar o prejuízo, visto que não trabalha há meses.

- Eu... Tenho algumas propostas para lhe fazer.

- Estou curioso, senhora Bongiove.

Sarcástico como sempre.

- Você aceitaria um ingresso para o Show do Bon Jovi em Noriah Norte?

- Está brincando comigo?

- Pode vender... E ficar com a grana.

- Não paga nem a porta do Maserati.

- Aceita joias antigas, em ouro de verdade? Eu não tenho ideia de onde vender... Mas talvez o senhor saiba. São da minha mãe... A única coisa que restou dela, na verdade. Mas sei que pisei na bola. Então é o preço que tenho que pagar por minha impulsividade.

- Não sou tão ruim a este ponto.

- Senhor Casanova... Aceita um rim em bom estado?

Ele desligou o telefone e fiquei ali, olhando para o nada. De onde eu tiraria a grana?

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