“Flávio”
Não me importei nem um pouco de agir como um homem das cavernas, quando a baixinha começou a falar que minha preocupação com a segurança dela era exagerada, eu a joguei nos ombros e saí andando. Não a deixaria sozinha e não perderia a oportunidade de tê-la perto de mim. Eu estava unindo o útil ao agradável e ela não cortaria o meu barato.
À medida que nos aproximávamos da minha casa eu sentia a Manu ficar mais tensa ao meu lado. Será que ela ia me dar um fora? Eu não estava preparado pra isso.
Chegamos em casa e eu fui mostrando o lugar para a Manu, no quarto eu deixei as coisas dela no closet e mostrei que havia deixado um espaço pra ela. E foi só então que ela falou alguma coisa.
- Tem três quartos aqui. – Manu falou o óbvio e eu olhei pra ela sem entender.
- E daí? – Perguntei confuso e a vi suspirar e voltar para o quarto apertando uma mão na outra. Eu a segui e me sentei na cama esperando o que ela tinha para me dizer.
- E daí que eu não preciso ficar no seu quarto. Não quero incomodar. – Será que ela pensou que seria uma simples hóspede na minha casa, ocupando o quarto ao lado? Ou será que ela ia me dar um fora?
Não é possível que essa baixinha ia me dar um fora. Minha cabeça estava girando com mil argumentos para convencê-la que ia ser bom ficarmos juntos, mas eu não conseguia juntá-los em uma frase. Me agarrei a possibilidade de que ela apenas estivesse pensando que seria uma simples hóspede.
- Sério, Manu? Vou ter que dizer com todas as letras que quero dormir com você? Vai me dizer que não pensou nisso? – Foi tudo o que eu consegui dizer, não queria pensar na possibilidade dela não me querer.
A observei me olhar com aqueles dois olhos caramelo e ela respirou fundo, como se reunisse coragem para uma batalha. De repente ela me surpreendeu, pulou no meu colo e segurou o meu pescoço, me olhando nos olhos com uma determinação que me encheu de esperança. Eu passei meus braços em volta da sua cinturinha fina e sorri convencido de que ela seria minha. Mas ela me surpreenderia mais uma vez.
- O negócio é o seguinte, grandão, eu sou virgem e eu nunca tinha beijado na boca antes de você, então sim, eu sou totalmente sem experiência, mas eu quero te beijar de novo. – Ela falou sem parar para respirar e meu cérebro travou, chocado com a revelação dela de que era virgem e a alegria de saber que ela queria me beijar de novo, eu simplesmente congelei. – Eu sabia!
Manu começou a tentar se afastar de mim, mas eu voltei a pensar e a segurei firme. Ela se debatia, tentando sair do meu colo, seus olhos lacrimejaram e ela não conseguia me olhar mais, mas eu não a soltaria. Me virei, a jogando na cama e pairando sobre ela, prendendo suas pernas entre as minhas e segurando seus pulsos sobre a cabeça, com cuidado para não machucá-la, mas a deixando imobilizada para que ficasse quieta e ouvisse o que eu tinha pra dizer. Na verdade eu tinha muitas perguntas, mas precisava ser cauteloso.
Porra! Ela era virgem e eu falei aquele monte de merda pra ela no sábado. Mas agora, aqui com ela em meus braços, toda a minha idéia de que eu não tinha paciência para mulheres inexperientes e que não tinha paciência para ensinar ou que gostava de mulheres que sabiam o que fazer, foi tudo pelo ralo. A única coisa que eu sabia agora era que eu queria essa baixinha, jovem demais, sem nenhuma experiência, mas que arrebatou meu coração assim que a vi. Não adiantava mais negar, era o tal amor a primeira vista que me pegou de jeito.
- Eu fui o primeiro a beijar essa boquinha linda, baixinha? – Perguntei tentando suavizar o tom da minha voz e conter minha euforia, e ela apenas balançou a cabeça confirmando. Mas ela estava chorando e eu não queria que chorasse. Sequei suas lágrimas com as pontas dos dedos. – Não chora, baixinha!
- Eu gosto. – Ela confessou. Eu sorri e coloquei minha boca sobre o tecido do vestido, beijando seu seio e sentindo o seu corpo estremecer enquanto ela gemeu.
Ela era deliciosa demais e receptiva demais. Eu não conseguia soltá-la. Voltei a beijar sua boca e deixei minha mão deslizar pelo seu corpo indo até a barra do vestido que ergui até sua cintura e, me deliciando em poder tocá-la, apertei sua bunda a puxando contra minha ereção e me esfregando nela. Manu gemia, sua pele estava arrepiada como a minha, ela queria tanto quanto eu.
Enquanto a beijava deixei minha mão passear pelo seu quadril e descer pela sua coxa, voltando a subir toquei sutilmente sua intimidade sobre o tecido fino da calcinha, que estava molhada, prova do desejo que ela também sentia. Com o meu toque ela gemeu em minha boca e eu não consegui esconder um sorriso, ela me queria e ela era muito sensível, eu me perderia nesse corpo delicioso. Não resisti e toquei sua intimidade mais uma vez e ela gemeu, sua calcinha estava completamente molhada e eu estava deliciado com sua reação.
Me agarrando ao pouco controle que eu ainda tinha, mordisquei sua boca, que agora estava inchada dos beijos que trocamos, e me afastei, me deitando ao seu lado. Olhei pra ela na minha cama, linda, ofegante, com os cabelos bagunçados, descomposta, com o vestido levantado e seus olhos brilhantes que não me encaravam.
- Baixinha? Olha pra mim. – Pedi quase num sussurro e quando ela me olhou meu coração se agitou. – Esse beijo foi bom pra você? – Ela apenas balançou a cabeça. – Bom o suficiente para você querer me beijar de novo? – Ela repetiu o aceno de cabeça. – Bom o suficiente para você querer dormir na minha cama? – Mais uma vez ela balançou a cabeça. – Bom o suficiente para você querer ficar comigo? – Seus olhos brilharam quando ela fez que sim com a cabeça. – Então nós precisamos conversar.
Me levantei porque não conseguiria ter essa conversa com ela toda bagunçada na minha cama, desse jeito eu pularia em cima dela ao invés de conversar. A puxei para os meus braços e já não havia mais resistência e nem temor da parte dela. Ela havia se decidido por mim.
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