“Manuela”
Desde que o Flávio saiu do meu apartamento no sábado, eu só consegui fazer o que ele disse, eu só pensava se eu estava preparada para ficar com um homem como ele. Ele era lindo demais e intenso demais e eu era jovem e virgem.
Eu não o vi no escritório no dia em que ele esteve lá e me viu, realmente eu deveria estar muito distraída pra não ver esse homem. Mas eu não o vi. Eu o vi depois, na concessionária e nem tinha idéia de quem ele era, mas saí de lá suspirando por ele, pensando que um homem lindo assim nunca olharia pra mim. Naquela noite eu sonhei com ele. Quando o reencontrei no casamento foi um choque pra mim, pensei que ele iria me esnobar, mas ele foi gentil, amável e atencioso. Eu senti como se houvesse uma conexão entre nós.
Depois, quando ele me beijou, foi como se eu sempre tivesse esperado por ele. Ele me fez sentir coisas que eu nunca tinha sentido antes, mesmo antes de me beijar, enquanto segurava minha mão durante a festa, ou quando falava alguma coisa perto do meu ouvido, eu sentia um formigamento, um comichão, um querer mais não sei o quê.
E aí ele me beijou e eu me senti flutuando em seus braços. E eu queria mais. Mas então veio a conversa no meu apartamento e ele me deu a certeza que eu não era bem o tipo de mulher que o agradava, mas que por algum motivo ele gostou de mim, e isso me deixou insegura.
Eu não sabia o que fazer, ele foi bem claro, ele não gostava de mulheres inexperientes, quando descobrisse que eu não tinha experiência nenhuma ele com certeza iria correr para léguas de distância de mim. Mas eu não queria que ele fugisse, eu já estava caidinha por ele.
Passei o domingo suspirando pelos cantos, peguei o celular várias vezes pensando em ligar para ele, mas eu não sabia o que dizer. Não poderia nem pedir ajuda às meninas, pois estavam todas ocupadas com seus homens. Teria que aguardar a segunda feira para pedir ajuda. E foi o que fiz.
Mas, no fim das contas, quando cheguei ao apartamento do Flávio, eu continuava sem saber o que fazer. Até que ele disse que queria dormir comigo. Agora não tinha pra onde correr, era hora de decidir se eu ia continuar reprimindo os meus desejos ou se eu me libertaria de vez e me jogaria de cabeça na proposta desse homem.
Fiquei com o conselho da Melissa. Eu estava doida por esse homem lindo, queria muito que ele me beijasse de novo e não apenas isso, o calor que ele causava em minha pele, o que eu senti quando ele me tocou, a necessidade de sentir mais, eu queria me entregar inteira pra ele. Então segui o conselho da Melissa ao pé da letra e pulei no colo dele.
E depois que eu falei tudo eu entrei em pânico, pensei que ele me mandaria embora, que se afastaria, mas ele me surpreendeu. Ele me beijou e me tocou de uma forma ainda mais devastadora naquela cama, ele não deixou espaço para mais nenhuma dúvida, eu seria inteira dele. Eu nunca havia sentido nada igual e duvidava que pudesse sentir com outra pessoa, eu ouvia as histórias das minhas amigas, o fato de eu ser virgem não significava que eu não tivesse idéia de como as coisas são, eu só não sabia que poderia ser tão bom e a gente nem tinha feito nada demais. Eu estava ansiosa por mais beijos, mais toques, para descobrir o que viria a seguir. Mas ele me carregou para fora da cama.
- É que eu estava pensando no quanto você é lindo e fiquei com vontade de tocá-lo. – Desviei os olhos para não encará-lo.
- Olha pra mim. – Relutantemente o olhei e ele estava sorrindo. – Eu estou ansioso pelos seus toques.
Ele pegou minhas mãos, beijou os meus dedos e as colocou sobre o seu peito. Eu passei minha mão pelo seu peito como se alisasse a camisa, deliciada por poder tocá-lo.
- Sabe, se você abrisse a minha camisa, ficaria ainda melhor. – Ele falou despreocupadamente e eu encarei seus olhos.
Minha mente estava uma confusão. Ele me olhava e seu olhar era intenso sobre mim, me deixava quente e bagunçava meus pensamentos. Olhei para ele e decidi parar de lutar contra, como diz o ditado, “perdida por cem, perdida por mil”, eu aproveitaria o que estava rolando.
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