“Manuela”
Voltei para a mesa e o Flávio se levantou para puxar a cadeira pra mim, além de lindo e simpático, ainda é cavalheiro. Assim ficava difícil ser virtuosa e recatada. Mas a festa estava chegando ao fim, a Mel e o Nando me deixariam em casa, de modo que logo logo eu teria que me despedir desse homem lindo.
- Chaveirinho, sei que você está se divertindo, mas eu estou morta de cansada, podemos ir? – Melissa se aproximou .
- Ah, Melissa, não corta o meu barato? – Flávio falou com tom de reclamação sem tirar os olhos de mim. – Pode deixar que eu faço questão de levar a Baixinha em casa.
- Ih, olha ele todo saidinho! – Melissa riu. – É bem igual aos seus amigos, hein, delegado, não perde tempo. Manu, divirta-se. – Melissa me jogou um beijo e se virou.
- Não, Mel... Flávio, não se incomode, a Melissa me deixa em casa. – Falei para que ele não se sentisse obrigado a me levar em casa.
- Levo não, Chaveirinho, você é do delegado agora. – Com isso a Melissa se foi. Olhei para o Flávio e ele tinha um sorriso triunfante.
- Viu, agora você é minha. Deixa eu aproveitar mais um pouco a sua companhia, Manu? – Ele pediu com um jeitinho tão fofo que eu quis ter coragem de beijá-lo ali mesmo. Mas eu não tinha essa coragem.
- Está bem. Eu agradeço a gentileza. Vamos?
Ele se levantou, puxou minha cadeira e segurou a minha mão. Caminhamos até o carro. É claro que ele tinha comprado aquele carro enorme. Ele me ajudou a entrar e travou o cinto de segurança. A proximidade dele fez o meu coração acelerar e eu voltei a gaguejar. Ele sabia que me deixava nervosa e não perdeu a oportunidade de me provocar.
- Está com medo de mim, Manu? – Eu balancei a cabeça em negativa e ele se aproximou mais. – Então porque está tão nervosa?
- É que... é que... – Eu não tinha conseguido formar a frase ainda, quando ele se aproximou e me beijou de repente.
Ele colou os lábios dele aos meus suavemente. Meus olhos se arregalaram com a surpresa. Meu coração acelerou e batia tão forte que parecia que ia explodir no peito. Minha respiração falhou, meu corpo tremeu e fiquei estática sentindo aquela sensação louca de milhares de borboletas no meu estômago, fechei meus olhos para sentir melhor aquele toque surpreendente.
Ele voltou a beijar a minha boca, com a mesma intensidade, com o mesmo querer. Eu fui relaxando de novo e o beijo foi ficando ainda melhor. Eu suspirava em seus lábios deliciosos e queria ficar ali para sempre entregue aos seus beijos. E nós ficamos ali por algum tempo, nos beijando, e foi a experiência mais incrível da minha vida aquele primeiro beijo.
Depois que coloquei meu endereço no GPS do carro, Flávio ficou em silêncio ao meu lado, foi assim até ele parar em frente ao meu prédio. Eu estava perdida nos meus pensamentos, ansiosa, sentindo que a qualquer momento ele diria que aquilo foi um erro e que não se repetiria.
- Chegamos, baixinha. – Ele falou quando parou na porta do meu prédio. – Vai me convidar pra subir? – Eu não esperava por isso.
Eu esperava que ele me deixasse ali na portaria, sem dizer uma palavra e sumisse, arrependido por ter me beijado. Eu fui pega de surpresa, tanto porque eu não esperava por aquilo, quanto porque eu sabia o que ele esperava que acontecesse se eu o convidasse para subir. Eu travei uma luta interna comigo mesma. Na minha cabeça a Manu sexualmente reprimida e medrosa se digladiava com a Manu independente e bem resolvida que queria muito perder a virgindade com aquele homem incrível.
Enquanto eu pensava, eu fui ficando mais nervosa, minha respiração estava descompassada e eu esfregava minhas mãos uma na outra. Por fim, decidi parar de ouvir a Manu reprimida e convidar o Flávio para a minha casa. Mas eu me atrapalhei com as palavras e falei demais, acabei o chamando de fofo. Ele desceu do carro e quando eu desci ele me prensou contra o veículo e disse que não era fofo, mas sabia ser gentil. Ele me levantou pela cintura e eu senti o seu membro duro como aço através dos tecidos das nossas roupas, ele estava excitado e não assustado como eu pensei que estaria. Ele estava excitado por mim. Então ele decretou:
- Vamos subir, acho que precisamos conversar. – Ele me deu um selinho saiu me puxando pela mão em direção ao prédio. Havia uma determinação nele que eu não sabia o que era exatamente.
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