Como um grande esforço me sento na cama. Meu corpo está pesado, minha cabeça dói e meu estômago não está nada bem. Não quero levantar, mas não tenho opção. Corro para o banheiro e me ajoelhei de frente para o vaso começando a vomitar. Parece que todos os meus órgãos vão sair pela minha boca. Matthew se aproxima e segura meu cabelo. Quando termino Matthew me ajuda a levantar. Enquanto escovo meus dentes, ele dá descarga.
– O que aconteceu comigo? – Resmungo e me apoio na pia.
– Vai dizer que não lembra o que fez ontem. – Olho para ele e nego com a cabeça. Matthew ergue uma sobrancelha. – Você não lembra de nada? Nada mesmo?
– Não, Matthew. – Molho meu rosto. – Mas devo ter bebido muito, não é?
Ele fez uma cara de deboche.
– A ponto de me chamar pelo apelido e me forçar a transar com você.
Mantenho a toalha no rosto morrendo de vergonha. Não, eu não posso ter feito isso. Confessa que ele beija bem de mais já era o bastante para inflar o ego dele, agora eu forcei uma transar com ele? Será que foi bom? Não posso ter ficado tão ruim a esse ponto, mas minha curiosidade foi maior. Olho para ele.
– A gente transou?
Eu não posso ter esquecido se isso realmente aconteceu.
– Para sua tristeza… não, a gente não transou. – Ele está se segurando para não rir de mim.
Filho da mãe! Ergo minha cabeça e saio do banheiro.
– Me recuso a acreditar que tenha feito tal coisa. – Eu me sento na cama e abracei um travesseiro.
– Ah, então não vai acreditar que gritou pra todo mundo que iria transar, mas antes disso gritou chamando as meninas para nadar pelada. – Matthew falou encostado no batente da porta. – E eu tenho testemunhas.
Olho para ele chocada. Me encolho na cama, abraçando mais forte o travesseiro.
– Eu nunca mais vou sair desse quarto.
– Não é para tanto. – Matthew sentou perto de mim. – Acho que Ian e Jaime nem notaram quando você me beijou e tentou tirar minha roupa, sabe? Não se importando em transar na frente de todo mundo.
– Ah, eu quero morrer! – Grito e coloco o travesseiro contra meu rosto.
Esse movimento foi o bastante para correr para o banheiro e vomitar de novo. Matthew me ajudou novamente e depois saiu do quarto para pegar remédio e algo para comer. Passo o resto do dia na cama e me recuso a comer.
– Você precisa comer, Aria. – Matthew insiste.
– Não quero, meu estômago não está aguentando nada.
– Ninguém manda exagerar na bebida. – Ele está bravo.
– Como estão as meninas? – Ignoro o que ele disse.
– Está pior que a outra, também não saíram do quarto.
Suspiro e olho para a bandeja com frutos do mar que ele trouxe.
– Não quero isso. – Olho para Matthew com cara de pidona. – Quero arroz, feijão e ovo.
Matthew revira os olhos saindo com a bandeja.
– Está achando que sou empregado dela. – Ele resmunga. – Você me paga.
– Também gosto de você. – Provoco.
Com o passar do dia eu melhorei bastante, ainda mais depois de dormir. A noite já estava bem melhor, mas não o suficiente para repetir a dose e prefiro continuar no quarto. Minha aparência não está das melhores. Eu sento na tampa do vaso enrolada na toalha. Acabo de sair do banho.
– Você está melhor? – Matthew aparece na porta.
– Sim.
– O pessoal está querendo andar pela praia já que o balanço do barco não está ajudando muito a Lauren.
– Vou colocar uma roupa e já vou.
– Ok. Vou esperar lá em cima.
Coloco um vestido solto e longo, bem praia mesmo. Com sacrifício consigo subir o zíper que tem no vestido. Olho no espelho e resolvi passar um pouco de maquiagem. Faço um coque no cabelo e saio do quarto.
– Olha quem chegou. Transou ontem? – Ian grita. – Ai! – Lauren bate nele.
Eu fechei meus olhos, sentindo a dor de cabeça.
– Para de gritar! – Lauren briga com ele e faz uma leve massagem na cabeça.
– Eu ouvi alguém dizer que nunca mais vai beber. – Jaime falou rindo e recebeu uma cara feia da Reba. – E você, Aria. O que me diz?
– Não quero saber de bebida tão cedo.
Ian começa a rir e minha vergonha só aumenta. Matthew me abraça por trás, ele também estava rindo.
– Uma coisa temos certeza. Vocês me superaram! – Ian disse ainda rindo.
– Eu nunca mais vou beber. – Lauren reclamou.
Ian passou o braço ao redor de sua cintura.
– Eu também sempre digo isso, baby.
Na praia Jaime e Reba, Ian e Lauren andavam à nossa frente. Cada um com uma certa distância do outro. Estamos em um momento bem casalzinho. Matthew e eu andamos de mãos dadas na praia.
– Eu fiz mais alguma coisa que tenho que me envergonhar? – Pergunto com medo da resposta.
Reviro os olhos e concordo com a cabeça.
– Aceito o acordo.
Talvez eu não cumpra, mas vai ser bom para ele pensar em outra coisa que não seja trabalho. Deito minha cabeça no seu ombro, suspirando. A cada dia vejo quão fácil vai ser estar com ele. Espero que no final de tudo as coisas terminem bem. É ruim ter esperança nesse caso?
– Vem, levanta. – Matthew falou levantando.
– O que? – Pergunto e levanto.
Em um movimento rápido Matthew abaixou na minha frente me pegando no colo e indo em direção ao mar.
– Matthew, o que você está fazendo?!
– Se divertindo, você não está?
– Não! Me coloca no chão!
Ele riu alto e segundos depois ele me jogou na água. Nado até ele, tossindo. Infelizmente engoli água quando ele me jogou.
– Fica difícil nadar com esse vestido. – Falei parando na sua frente.
Matthew passa a mão pelo cabelo.
– Confesso que não foi uma boa ideia.
– Confesso que concordo com você. – Começo a rir.
Ficamos mais um tempo ali e até arrisco a brincar de afogar, mas desisto. Matthew ganhou todas. Voltamos para areia e sentamos sem dizer nada, apenas apreciando a vista. O clima está bom. Nossos amigos se juntaram a gente. Sorrir. Estou feliz, muito feliz. Ficamos um bom tempo lá e quando resolvemos voltar nossas roupas estava quase seca. Nos despedimos de nossos amigos e ainda de mãos dadas fomos para o quarto.
Mordo meu lábio inferior com pensamentos impuros, mas logo revirei os olhos. Uma hora vai ter que acontecer. Entramos no quarto e Matthew foi colocar seu celular para carregar. Viro de costas para ele. Eu respiro fundo, fechando meus olhos. Por que estou tão nervosa? Deixo a alça do meu vestido cair, expondo meus ombros.
– Pode me ajudar? – Olho de lado pedindo sua ajuda.
Em passos lentos Matthew vem até a mim. Ele desce o zíper tão devagar que por um momento eu chego a prender minha respiração. Quando ele abre o zíper todo o vestido escorre pelo meu corpo indo de encontro ao chão. Agora estou de calcinha e sutiã na sua frente. Matthew me abraça por trás descendo suas mãos pelo meu corpo e parando na minha coxa.
– Posso ajudar em algo mais? – sussurra em meu ouvido.
– Meus planos é tomar banho, mas acho que estou com muita roupa para isso.
– Eu resolvo.
Matthew subiu suas mãos lentamente pelo meu corpo, dando leves beijos em meu pescoço. Solto o ar pela boca. Ele pressiona sua intimidade contra a minha bunda antes de chegar ao fecho no meu sutiã. Automaticamente empino a fim de ter mais contato. Ainda de costas para ele, Matthew tira meu sutiã o deixando cair no chão. Ele segura meus seios, massageando eles em suas mãos. Matthew faz uma trilha de beijos pelo meu pescoço indo até minha orelha.
– Como vai querer?
– O mais forte possível. – Respondo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ceo Vadia nas alturas