Casamento Impulsivo romance Capítulo 159

Kelvin entrou no quarto, afastando as cobertas com a intenção de se deitar.

Para sua surpresa, Bárbara abriu os olhos, um rubor suave tingindo suas bochechas enquanto perguntava baixinho: "Quem estava falando lá fora agora há pouco?"

Ela não havia escutado claramente, apenas captou fragmentos de conversa enquanto oscilava entre a lucidez e o sono.

Uma das vozes, sem dúvida, pertencia a Kelvin, e ela a reconheceu imediatamente.

Mas havia também um homem e uma mulher, cujas vozes lhe pareciam vagamente familiares, embora não conseguisse lembrar onde as ouvira antes.

"Você não estava dormindo?"

O homem exibiu uma expressão de surpresa, em seguida, levantou a mão, deixando seus dedos longos deslizarem gentilmente pelo rosto dela.

Ele pensava que ela, cansada, já teria adormecido faz tempo. Quem diria que ainda estava acordada?

Já que estava acordada...

"Estou bem."

Bárbara rapidamente segurou seus dedos, dizendo em um sussurro tímido, enquanto corava ainda mais.

Durante aquele breve momento, ela também teve tempo de refletir sobre muitas coisas.

Entendeu que Otávia havia lhe dado algo para beber, compreendeu por que a haviam mandado para casa, e também descobriu como Kelvin a tinha ajudado a se livrar dos efeitos.

"Se sentir algo, me avise. Estou aqui, e não vou deixar você sofrer."

O homem retirou seus dedos, inclinando-se para beijar sua testa gentilmente.

Bárbara fechou os olhos, enquanto duas lágrimas silenciosas marcavam seu rosto.

Dizer que não estava magoada seria mentira. Mesmo sem esperar muito deles, ser traída e ferida por aqueles a quem considerava próximos doía igualmente.

E, neste caso, a participação de Tom tornava tudo ainda mais doloroso.

Ela sempre soube que seu pai não tinha afeição por ela, mas nunca imaginou que ele pudesse ser tão indiferente.

"Vamos dormir."

Kelvin, vendo suas lágrimas, não ofereceu consolo.

Ele não sabia como confortar alguém ferido por seus próprios familiares, pois, apesar dos desentendimentos com seu avô e irmã, sabia que eram amados por eles.

"Consciência limpa? Nair, não estou entendendo, do que você está falando?" Bárbara estava visivelmente confusa.

Ela percebeu que Nair não estava falando sobre a traição da sua família; devia ser algo mais.

Mas o quê, exatamente, que faria Nair dizer algo assim?

"Bárbara, você ainda não sabe? Estão espalhando fofocas suas com o Diretor Leme na empresa!" Nair disse, surpresa.

"O quê? Fofocas minhas com o Diretor Leme?" Bárbara franziu a testa, levantando-se imediatamente para perguntar.

Nair lhe contou o que havia ouvido.

Bárbara arregalou os olhos.

Estavam dizendo que ela e o Diretor Leme tinham um caso?

"Quem viu isso para espalhar um boato tão absurdo?"

"Não sei como começou, mas é isso que estão dizendo por aí. Você acabou de chegar e já está sendo alvo dessas fofocas. Deve ter alguém querendo te prejudicar. Fique atenta para não cair em armadilhas," Nair a aconselhou, com um tom sério.

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