Karina franziu a testa, irritada, mas se conteve.
Aquela mulher era realmente insuportável, até mais do que aqueles com quem havia lidado antes, que pareciam robôs.
Querendo usá-la, enquanto a olhava com um desprezo que a fazia se sentir diminuída, Karina desprezava ainda mais a mulher à sua frente.
Percebendo seu descontentamento, a mulher mascarada soltou uma risadinha, "Você parece insatisfeita?"
"Como ousaria?" Karina baixou levemente as pálpebras.
"Tsc, tsc, nem tem a dignidade de admitir, não é à toa que sempre esteve sob a sombra de Otilia Salazar. Com essa postura, você acha mesmo que pode superá-la? Na próxima vida, talvez." A provocação da mulher mascarada era implacável.
Karina se manteve calma, respondendo: "Se você é tão capaz, por que não faz você mesma? Por que me procurar?"
"Se você nem para isso serve, então não tem razão para existir." A mulher se levantou, levantando o queixo de Karina com um toque de seus dedos.
"Lembre-se, não tente ser esperta na frente de Otilia Salazar. Seja genuinamente boa para ela, veja-a como sua redenção, entendeu? Se você falhar nisso, então realmente perderá seu valor para nós."
"Na organização, aqueles sem valor são comumente jogados na fornalha para serem refeitos."
Sua voz era fria, com um toque de sinistro e impiedade.
Karina apertou os punhos, as veias salientes em suas mãos.
Ela acenou com a mão, e a porta atrás dela se abriu.
Karina foi novamente vendada e levada para longe.
-
Restaurante Samsara
Os garçons observavam o homem à porta, cochichando entre si.
"Ele está aqui esperando a chefe novamente."
"Que inveja da chefe."
"Não adianta invejar. É algo que você não pode ter."
Otilia Salazar se arrumou, pegou sua bolsa e, ao ver a figura à porta, um sorriso surgiu em seus lábios.
"Vamos então."
Zuriel naturalmente pegou a bolsa dela, colocando-a sobre seu ombro.
Desta vez, Otilia Salazar não o afastou, afinal, ele estava chateado.
Se beliscar a fizesse sentir-se melhor, então que assim fosse.
Ao perceber sua reação incomum, Zuriel sentiu algo mudar, e suas mãos começaram a apertar suas bochechas, maltratando-as sem cerimônia, deformando seu rosto bonito em várias formas.
Hmm...
Otilia Salazar murmurou, seus olhos cheios de resignação.
Zuriel estava ficando cada vez mais infantil, o que era problemático.
"Ding"...
As portas do elevador se abriram, e um grupo de profissionais bem vestidos testemunhou a cena. O homem à frente, reconhecendo Zuriel, ficou paralisado.
O homem não entrou no elevador, apenas voltando a si depois que as portas se fecharam.
Ele acabara de ver Zuriel.
Aquele homem, conhecido por sua frieza, estava sendo olhado com adoração por uma mulher, uma visão um tanto quanto perturbadora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Através de montanhas e mares para a abraçar
Estou adorando a história. Daria para postar mais de 5 capítulos diários?...
Quando vai ter mais capítulos? História é boa....