Através de montanhas e mares para a abraçar romance Capítulo 787

“Este piano foi preparado especialmente para você, assim como este restaurante foi preparado pensando em você.” Davi Barreto disse, olhando carinhosamente para Bianca.

“Nossa!”

Os companheiros de mesa expressaram sua admiração em uníssono.

As pessoas nas mesas próximas pareciam ter sido alimentadas à força com um pouco de afeto público.

Ao ouvir isso, Paulina imediatamente abaixou a voz e disse: “Caramba, então o restaurante é dela. O que eu disse antes, então, foi…”

Paulina sentiu como se tivesse recebido um tapa no rosto, mesmo à distância. A frustração era palpável.

Otilia Salazar também ficou surpresa.

Quando Paulina olhou em direção àquela mesa, seus olhos encontraram os de Aimée, que levantou seu queixo orgulhosamente, como se dissesse ‘este restaurante pertence a um amigo meu’.

Paulina ficou sem palavras.

Ser amigo do dono não faz o estabelecimento seu.

A menos que seu amigo não esteja no negócio para ganhar dinheiro.

Paulina preferiu não entrar numa disputa de olhares.

Foi então que as pessoas na mesa começaram a fazer barulho, e Bianca se levantou, caminhando em direção ao piano no centro.

“Ela vai tocar ao vivo?” Paulina observou a mulher.

“Parece que sim.”

“Otilia, eu me lembro de você também tocar piano, certo?” Paulina perguntou.

“Um pouco.”

Se não fosse pela apresentação que Otilia fez no concerto de Natan Valentim, Paulina quase teria esquecido esse detalhe.

Parece que, desde aquela apresentação, ela nunca mais viu Otilia tocar.

Enquanto conversavam, Bianca já estava sentada ao piano, suas mãos sobre as teclas pretas e brancas, e a suave melodia do piano começou a fluir, preenchendo o restaurante.

A música atraiu a atenção de todos os clientes, que fixaram os olhos em Bianca.

Otilia Salazar pegou seu café, deu um pequeno gole, e virou a cabeça para observar os arranha-céus pela janela, com a música de piano enchendo seus ouvidos.

Paulina era uma convidada, e como dona do restaurante, deveria intervir, mas a crítica de Paulina à sua amada incomodava Davi.

Davi falou: “Senhora, por favor, modere suas palavras. Se há algo no restaurante que a desagrada, sinta-se livre para expressar.”

Paulina soltou uma risada leve, “Então só se pode elogiar, não se pode criticar?”

Davi ficou sem resposta, franzindo a testa profundamente.

“Você sabe quem é o professor da Bianca?” Aimée perguntou arrogantemente.

“Quem é o professor dela, o que tem a ver comigo?”

“Você…” Aimée se sentiu novamente desorientada.

Um dos amigos interveio: “O professor da Bianca é o renomado pianista do nosso país, Nicola Madeira, Sr. Madeira.”

Nicola?!

Por que esse nome soa tão familiar?

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