Não havia outra saída a não ser pela janela. Pegando uma cadeira, bato no vidro e o quebro. Empurro as tábuas que haviam sido usadas para barrá-la até que elas cedam. Empurro minha mala pela janela e ela cai.
Como eu disse, eu estava no cômodo mais distante da casa, então a comoção não teria alertado ninguém. Desço lentamente, tomando cuidado com os cacos de vidro quebrados. Solto um suspiro de alívio quando desço.
Feliz por ter conseguido escapar, pego minha mala e começo a arrastá-la. Olho para o celular enquanto peço um táxi. Minha felicidade dura pouco quando esbarro em alguém. Levanto a cabeça e recuo horrorizada quando meus olhos se chocam com os olhos cinzas intensos de Rowan.
"Você estava mesmo tentando fugir com o meu bebê?", ele pergunta, com um tom perigoso.
Eu jogo minhas mãos para o alto. Ao mesmo tempo, solto minha mala.
"Eu já disse à minha mãe que o bebê não é seu", minto, dando um passo para trás.
De maneira alguma eu permitiria que meu bebê fosse criado em um ambiente tão tóxico. Um ambiente em que todos odeiam a mãe dele.
"Você ousa mentir para mim", ele rosna. "Você era virgem, porra. Você pode ter enganado sua mãe, mas eu sei que esse filho é meu."
Por um momento, fiquei surpreso com o fato de ele saber que eu era virgem. Estávamos bêbados, especialmente ele.
"Como você sabe disso?" Pergunto baixinho.
"Os lençóis em que dormimos juntos tinham manchas de sangue."
Eu dou de ombros para sua resposta. "Isso não importa, o bebê ainda pode ser de qualquer pessoa. Eu poderia ter dormido com inúmeros homens depois disso."
Seus olhos se estreitam. Havia tempestades furiosas por trás deles.
Afasto meu olhar assim que meu táxi chega.
Ele faz uma pausa em seus passos e acho que consegui convencê-lo.
"Não!", ele afirma com firmeza. "Posso odiar você, mas não permitirei que meu filho cresça sem o pai"
Com isso, ele me puxou para dentro da casa, onde o juiz, Travis e meus pais estavam esperando.
Cerca de trinta minutos depois, estávamos legalmente casados. Imediatamente depois, Rowan saiu em disparada, deixando-me com minha família. Eu não podia nem chamá-los assim porque eles me olhavam como se eu fosse o anticristo.
Logo depois, fiquei sozinha. Coloco a mão em minha barriga e sorrio. Talvez isso tenha sido uma bênção disfarçada, minto para mim mesmo.
Naquele momento, prometo ao meu bebê que ele nascerá em uma família amorosa. Eu ia fazer com que Rowan se apaixonasse por mim, dessa forma meu bebê não seria criado em um lar sem amor.
Eu sorri depois dessa promessa, sem saber que Rowan iria acabar comigo de diversas maneiras.
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