A garota corou levemente, com um olhar de expectativa.
Alfredo, com um cigarro entre os lábios, lançou um olhar oblíquo e disse: "Quer que eu tire qual peça?"
"Qual mais? Você quer que eu peça para tirar as calças?" - Rodrigo retrucou: "Se eu pedir, você tira?"
Com os olhos semicerrados e um sorriso malicioso nos lábios, Alfredo respondeu com um tom de zombaria: "Se você quiser tirá-lo, pode tirar. Fique à vontade."
Rodrigo exclamou: "Caramba!"
Delfina não conseguiu conter o riso.
Alfredo a ouviu e lhe lançou um olhar de esguelha.
Delfina imediatamente conteve o riso.
O olhar indiferente de Alfredo desapareceu lentamente. Ele tirou o cigarro da boca, ficou na beira do penhasco e disse: "Delfina."
"Não se mexa."
Delfina ficou atônita por um instante, pois nunca antes tinha visto aquela expressão no rosto de Alfredo.
Ele estava sempre distante ou desleixado, então aquele olhar intenso e sério era algo fora do comum.
Do outro lado, Gregório protegeu sua esposa atrás de si e perguntou: "Onde está o Thales?"
Delfina percebeu algo estranho e, lentamente, virou a cabeça na direção para onde eles estavam olhando. A cerca de um metro atrás dela, em um galho, uma cobra de um verde vibrante espiava, atenta.
"Meu Deus!" - Rodrigo deu um pulo, alarmado. Com a luz fraca do entardecer, ele mal conseguia ver direito. "Isso é uma jararaca ou uma jararacuçu?"
Edmar disse em uma voz grave: "É uma jararacuçu. Veja o formato de sua cabeça, triangular, é característico de uma jararacuçu."
"Essa cobra é venenosa! Cuidado, irmãzinha, não se mexa!"
Alfredo, que já havia apagado o cigarro, parecia muito calmo e falou com Delfina num tom tranquilo.
"Você tem um bastão de escalada?"
O rosto de Delfina estava pálido, e sua voz trêmula: "Eu tenho."
"Segure-a." - instruiu Alfredo: "Se ela atacar, você luta."
Delfina estava à beira das lágrimas, pensando em como poderia "lutar".
No entanto, a calma de Alfredo trouxe um pouco de tranquilidade ao seu coração aterrorizado. Discretamente, ela pegou o bastão de escalada ao seu lado e o segurou com firmeza.
Alfredo disse: "Agora, levante-se devagar. Venha até aqui."
Com uma lentidão ainda mais exasperante do que a de uma tartaruga, Delfina começou a se levantar, afastando-se da rocha em que estava sentada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...