Ardente Como O Sol romance Capítulo 90

A garota corou levemente, com um olhar de expectativa.

Alfredo, com um cigarro entre os lábios, lançou um olhar oblíquo e disse: "Quer que eu tire qual peça?"

"Qual mais? Você quer que eu peça para tirar as calças?" - Rodrigo retrucou: "Se eu pedir, você tira?"

Com os olhos semicerrados e um sorriso malicioso nos lábios, Alfredo respondeu com um tom de zombaria: "Se você quiser tirá-lo, pode tirar. Fique à vontade."

Rodrigo exclamou: "Caramba!"

Delfina não conseguiu conter o riso.

Alfredo a ouviu e lhe lançou um olhar de esguelha.

Delfina imediatamente conteve o riso.

O olhar indiferente de Alfredo desapareceu lentamente. Ele tirou o cigarro da boca, ficou na beira do penhasco e disse: "Delfina."

"Não se mexa."

Delfina ficou atônita por um instante, pois nunca antes tinha visto aquela expressão no rosto de Alfredo.

Ele estava sempre distante ou desleixado, então aquele olhar intenso e sério era algo fora do comum.

Do outro lado, Gregório protegeu sua esposa atrás de si e perguntou: "Onde está o Thales?"

Delfina percebeu algo estranho e, lentamente, virou a cabeça na direção para onde eles estavam olhando. A cerca de um metro atrás dela, em um galho, uma cobra de um verde vibrante espiava, atenta.

"Meu Deus!" - Rodrigo deu um pulo, alarmado. Com a luz fraca do entardecer, ele mal conseguia ver direito. "Isso é uma jararaca ou uma jararacuçu?"

Edmar disse em uma voz grave: "É uma jararacuçu. Veja o formato de sua cabeça, triangular, é característico de uma jararacuçu."

"Essa cobra é venenosa! Cuidado, irmãzinha, não se mexa!"

Alfredo, que já havia apagado o cigarro, parecia muito calmo e falou com Delfina num tom tranquilo.

"Você tem um bastão de escalada?"

O rosto de Delfina estava pálido, e sua voz trêmula: "Eu tenho."

"Segure-a." - instruiu Alfredo: "Se ela atacar, você luta."

Delfina estava à beira das lágrimas, pensando em como poderia "lutar".

No entanto, a calma de Alfredo trouxe um pouco de tranquilidade ao seu coração aterrorizado. Discretamente, ela pegou o bastão de escalada ao seu lado e o segurou com firmeza.

Alfredo disse: "Agora, levante-se devagar. Venha até aqui."

Com uma lentidão ainda mais exasperante do que a de uma tartaruga, Delfina começou a se levantar, afastando-se da rocha em que estava sentada.

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