Delfina levantou-se e o cachorro também.
Ela começou a andar e o cachorro a seguiu.
Deixá-lo para trás parecia um pouco ingrato, e Delfina hesitou por um momento: "Onde está seu dono?"
O Doberman ficou parado, como se não estivesse entendendo o que estava sendo dito.
Sem alternativa, Delfina tirou o celular do bolso e ligou para Alfredo.
Depois de três toques, a ligação foi atendida e a voz desinteressada de Alfredo soou: "Diretora Holanda, o que a senhora quer?"
Delfina ficou confusa com a pergunta. Não era ele quem havia enviado o cachorro com a bolsa de gelo?
Ela havia confundido o cachorro? Não era o mesmo de Alfredo, ou o cachorro era mais esperto do que parecia?
"Encontrei um Doberman, não sei se é o seu cachorro."
Alfredo arrastou suas palavras em um longo "Ah" e disse: "Por que você não pergunta a ele?"
Delfina abaixou a cabeça e olhou para o grande cão.
"..."
"Seu cachorro sumiu ou não? Você nem sabe disso?" - Delfina franziu a testa: "Se não é o seu cachorro, então não vou me preocupar."
"Sumiu, estava justamente procurando quem o roubou." - Alfredo rapidamente jogou a culpa nela: "Então foi você."
"Onde você está?" - Delfina perguntou.
Houve uma pausa de dois segundos do outro lado da linha, e então ela ouviu Alfredo dizer: "Olhe para trás."
Com o telefone ainda no ouvido, Delfina olhou para trás, confusa. Atravessando a ampla avenida e os carros em alta velocidade, ela viu um Cullinan estacionado no acostamento.
A janela do motorista estava meio aberta, revelando o rosto excessivamente bonito de Alfredo.
Ele estava mais perto do que ela havia imaginado.
…
Thales e Adélia entraram no quarto do hospital, e Orion os cumprimentou calorosamente: "Ah, Thales e Adélia chegaram."
No quarto do hospital, Thales mencionou casualmente: "Ouvi dizer que Fina cometeu um erro e o deixou irritado."
Assim que ele falou, o ar no quarto pareceu congelar por um instante.
Delfina era, de fato, da Família Holanda, mas foi criada praticamente ao lado de Thales. Ao mencionar isso especificamente, havia grandes chances de que ele estivesse querendo defendê-la.
"Ela foi reclamar com você?"
"Encontrei com ela quando cheguei, e o rosto dela estava bem inchado." - disse Thales: "Esses dias em que estive fora, ela aprontou alguma coisa? O que fez para irritá-lo tanto assim?"
De lado, Lourdes disse: "Não foi nada demais, só uma briga entre irmãs. Em público, a ela acabou partindo pra cima da Jovita. O avô ficou bravo porque ela passou dos limites. Em casa, podem brigar o quanto quiserem, mas em público não dá pra fazer papel de vergonha."
"Ah, pensei que fosse algo mais sério." - Thales esboçou um leve sorriso: "A Fina sempre foi muito quieta, sempre levou a pior por ser pacífica demais. Então, ensinei que, se a provocassem, ela devia revidar. Não acho que isso seja culpa dela."
Orion parecia um tanto contrariado: "Eu sei que você a protege, mas ela é minha neta. Se ela cometeu um erro, não posso eu corrigi-la?"
O sorriso de Thales era quase imperceptível.
"É claro que você pode corrigi-la, mas fui eu quem a criou. Se ela realmente fez algo errado, eu assumo a responsabilidade. Da próxima vez, eu cuidarei da situação. O senhor tem problemas com seu coração, é melhor não se deixar levar."
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...