Ardente Como O Sol romance Capítulo 75

A luz difusa do bar iluminava o rosto desanimado de Alfredo, enquanto uma garota de aparência inocente o observava secretamente por um bom tempo, reunindo coragem para se aproximar.

"Sr. Alfredo, no que está pensando?"

Alfredo nem sequer olhou para ela. Com um tom de desinteresse e frieza: "Eu não estava pensando em você. Então por que pergunta?"

Rodrigo entrou, sentou-se ao lado de Edmar com um sorriso, e eles começaram a conversar animadamente.

Depois de alguns drinques, quando ele virou a cabeça, seus olhares se encontraram.

Ele ficou confuso: "Por que você está olhando para mim?"

Alfredo o avaliou de baixo para cima com um olhar que merecia ser decifrado e murmurou enigmaticamente: "De repente, percebi que você também tem seu charme."

"Ah, você só percebeu agora?" - Rodrigo jogou o cabelo de forma charmosa: "Não vou nem falar do Brasil inteiro, mas em São Paulo, além de você e do Thales, eu certamente estou em terceiro lugar na lista de beleza."

O grupo riu dele, e Edmar respondeu sarcasticamente: "Beleza, hein? Acho que você está mais para um rosto diferente. O que eles fizeram para serem comparados a você?"

"Não fique com inveja." - Rodrigo deu um tapinha no ombro dele: "Eu te nomeio como o quarto mais bonito de São Paulo."

Alfredo pareceu interessado no ranking, perguntando de repente: "Entre eu e o Thales, quem fica em primeiro?"

A pergunta fez todos olharem para ele.

"Ah, isso importa para você?"

"Começou a competição."

"É difícil decidir, depende do gosto. Aqueles que gostam do seu estilo certamente o colocarão em primeiro lugar, mas se preferirem alguém mais refinado e educado, Thales ganha facilmente." - Rodrigo explicou com propriedade: "Por que você está olhando para mim? Só estou dizendo a verdade."

Alfredo sorriu ironicamente e se inclinou para trás: "Ótimo, eu também só faço o que precisa ser feito."

Quando Delfina acordou naquela manhã, ela não sentia mais nada de anormal, apenas um pouco cansada.

O silêncio no quarto era tão profundo que era possível ouvir o som de uma agulha caindo. Sua bolsa e seu celular, perdidos na noite anterior, estavam no sofá em frente.

Ela respondeu às mensagens pendentes no WhatsApp, guardou o celular, mas depois o pegou novamente, procurou por Alfredo no aplicativo, entrou no perfil dele e o excluiu.

Mauro, que estava na Neve Voadora desde o início e era alguns anos mais velho que elas, comentou: "Os clientes sempre têm razão. Agora que você está na casa da razão, é melhor andar na linha."

Delfina se manteve em silêncio enquanto passavam pelo corredor, avistando de longe o Alfredo na outra extremidade.

Sua aparência no trabalho era um pouco diferente da que tinha em seus momentos de lazer, com um terno bem alinhado que destacava sua presença imponente.

Ao seu lado estavam seu assistente direto e alguns executivos. O assistente a viu primeiro e murmurou algo para Alfredo, interrompendo a conversa que estava acontecendo. Alfredo virou seu olhar na direção deles.

Carla, que até então estava furiosa, mudou rapidamente de expressão: "Ah, esse rosto é realmente impressionante!"

...E quanto à dignidade?

Delfina sabia que tinha que cumprimentá-lo educadamente, deixando de lado o fato de que ele era amigo de Thales, o herdeiro da Família Dutra e, atualmente, também o cliente importante da Neve Voadora. Ele não era alguém que ela pudesse se dar ao luxo de ofender.

Mas quando ela encontrou os olhos penetrantes de Alfredo, as imagens daquela noite vieram à mente como um anúncio invasivo que não podia ser fechado.

Aquele era um episódio de sua vida que ela mais queria apagar.

Sentindo seu rosto esquentar, ela rapidamente desviou o olhar.

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