Ardente Como O Sol romance Capítulo 65

Ela podia sentir o olhar de Alfredo sobre ela: "Se não tem mais nada, eu vou fechar a porta."

Alfredo levantou a mão, segurando a porta que ela estava tentando fechar: "Explique direito. Por que a birra? Como posso acalmá-la se você não fala?"

Como ele poderia estar tão disposto a acalmá-la? Ele provavelmente a viu chorando e ficou com medo de que ela reclamasse com Thales amanhã.

"Você não precisa me acalmar, e eu não estou de mau humor."

Era apenas uma questão de reconhecer seu lugar e não se levar tão a sério de agora em diante.

De perto, Alfredo era uma cabeça mais alto do que ela, olhando-a de leve: "E se eu quiser acalmá-la?"

"Pare de me provocar." - disse Delfina: "Não estou com raiva de você."

Alfredo a observou, avaliando.

Depois de alguns segundos: "Então me ofenda."

"..."

Que pedido mais estranho.

Delfina só queria estabelecer limites, sem se envolver mais naquilo, mas com Alfredo bloqueando a porta, ela não tinha como fechá-la e só podia aguentar e dizer:

"Eu não vou te ofender de novo, esquece o que aconteceu hoje."

"Não gosto de dormir com assuntos pendentes, se vou ficar de mau humor, que seja hoje." - Alfredo impôs sua escolha de forma autoritária: "Ofenda-me, ou continuarei até que você não esteja mais com raiva."

Delfina estava realmente cansada e sem palavras diante da atitude dele. Que pessoa…

Com raiva, ela colocou as mãos no peito dele e o empurrou com força: "Não quero falar com você agora. Vou descansar, tchau!"

Alfredo olhou para as mãos dela e, cedendo à sua força, deu um passo para trás.

A porta se fechou na frente dele e, do outro lado, uma voz baixa murmurou: "Louco."

Depois de tantos problemas naquela noite, mesmo sem sono, Delfina estava exausta e adormeceu rapidamente na cama.

Em meio à névoa da febre, ela sentiu uma mão gentil afastando o cabelo úmido de suor da testa, acariciando suavemente seu rosto.

Ela tentou abrir os olhos, lutando contra a febre que turvava sua consciência, sem saber se estava acordada ou sonhando.

"Irmão..."

Thales estava sentado ao lado da cama, tocando levemente as pálpebras vermelhas dela, com uma voz baixa: "Durma, Fina."

Sob essa voz tranquilizadora, Delfina fechou os olhos e caiu em um sono profundo.

O remédio para febre funcionou e, quando ela abriu os olhos novamente, sentiu-se um pouco mais lúcida.

Não havia ninguém ao lado de sua cama, e o quarto estava silencioso, como se ninguém tivesse passado pelo local..

Ela se lembrou de que Thales estaria acompanhando Adélia no mergulho hoje. Era a primeira vez de Adélia, que estava animada com a experiência antes mesmo de chegarem.

Provavelmente eles já tinham ido embora.

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