A porta foi batida duas vezes, e o médico, já descansando, foi rapidamente chamado. Ele se levantou às pressas e tratou com agilidade o corte de Delfina causado pelo metal, aplicando o medicamento necessário.
Era um corte bastante profundo, e o médico lhe deu uma injeção antitetânica, recomendando: "Você precisa tomar cuidado para não infectar o corte e tentar não molhá-lo até que ele cicatrize."
Delfina concordou com a cabeça.
Após o tratamento, o médico olhou para Alfredo e depois para ela, sondando de forma sutil: "Esse assunto precisa ser informado ao Sr. Dantas?"
Ele achava que Alfredo havia causado o fato.
Delfina estava encharcada, envolta em uma toalha de banho. Era evidente que tinha estado na água, e com o pé machucado daquele jeito, ficava claro que ele não tinha feito coisa boa.
Veja só esse patife.
Ele não queria desagradar a nenhum dos dois lados… com medo de que Alfredo guardasse rancor. Mas se ele não contasse e Thales descobrisse no dia seguinte, talvez ele fosse até ele para acertar as contas.
Com um tom indiferente, Alfredo disse: "Isso é com ela."
No passado, quando se sentia ofendida, Delfina corria imediatamente para Thales para reclamar.
Mas agora, ela começou a se perguntar se não estava sendo um incômodo para Thales.
Levar a noiva para um passeio no mar deveria ser uma ocasião alegre, mas ela estava prestes a estragar toda a atmosfera.
Thales certamente não deixaria isso passar, e se voltasse a defendê-la, provavelmente teria problemas com a Família Zamith.
Se ela não estivesse no local, tudo seria mais simples.
Desatenta, Delfina mexia nas unhas: "Amanhã eu falo com ele."
Ela não sabia se Adélia estava realmente no quarto de Thales, por isso não podia simplesmente bater na porta agora.
A suíte ficava no mesmo andar. Ao sair da enfermaria para o quarto, Delfina e Alfredo atravessaram o corredor acarpetado, ela alguns passos à frente, ele logo atrás.
Ao chegar à porta, ela parou e se virou para Alfredo: "Alfredo, não se importe com o que eu disse antes. Eu não tenho o direito de descontar minha raiva em você. Talvez eu tenha te ofendido sem querer nesses últimos tempos, e por isso, desculpe. Não vai mais acontecer."
Ela nem sequer esperou por uma resposta e entrou, fechando a porta atrás de si.
O Sr. Dutra nunca havia parado para refletir sobre suas palavras ou ações. Olhando para trás, mesmo deixando de lado certos ressentimentos momentâneos, até ele se achava um idiota.
"Ou foi quando eu sugeri que você se declarasse para o seu irmão?"
Delfina não entendeu o que ele estava tentando fazer e, agarrando a maçaneta da porta, perguntou: "O que você quer?"
"Quero retirar o que eu disse esta noite." - Alfredo baixou os olhos para ela: "Está tudo bem?"
Sua expressão era séria, o que surpreendeu Delfina e a deixou confusa.
Ela olhou para Alfredo por alguns segundos, desviando o olhar, e disse: "Não precisa. Você apenas falou o que pensava."
"Quem disse?" - Alfredo disse com convicção: "Você consegue ler meus pensamentos? Como sabe que eu não estava sendo irônico?"
Delfina realmente o achava estranho. Ele já tinha dito todas aquelas palavras cruéis, e agora parecia querer retirar o que disse.
"Como você quiser." - Ela não queria se aprofundar nem se importar mais.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...