"Uau!"
"O Sr. Alfredo é demais, hein!"
Os olhos de Rodrigo se arregalaram, quase saindo de suas órbitas: "Tudo o que tinha que fazer era pegar a carta, por que abraçou a cintura de Delfina?"
Alfredo tinha uma expressão preguiçosa, como se nada importasse: "Como eu poderia pegá-la sem abraçá-la? Você quer tentar?"
Delfina os ouviu zombando de Alfredo, mas as palavras entravam por um ouvido e saíam pelo outro - ela não conseguia processar nada.
Apoiando os dedos na borda do sofá, ela olhou para as linhas no chão, esperando que o calor em seu rosto diminuísse.
O jogo terminou ali, e as pessoas na popa se dispersaram gradualmente. Quando Delfina se levantou, ela encontrou o olhar de Thales.
"Você não precisava jogar esse tipo de jogo." - disse Thales, com a voz ainda calma: "Da próxima vez, não force a barra."
Delfina assentiu com a cabeça: "Está bem."
Foi só então que ela percebeu que Alfredo já havia saído.
Ela se virou para deixar a popa, enquanto Thales acendia outro cigarro no sofá.
Rodrigo deu um tapinha no ombro dele. Um irmão entende o coração de um irmão, qualquer adulto ficaria irritado ao ver a irmã brincando daquele jeito.
"Ah, era só um jogo. A irmãzinha não exagerou."
Jovita queria ver um bom espetáculo. Embora o resultado não tenha sido tão emocionante quanto esperava, ela ficou satisfeita ao notar a expressão de Delfina. Fazer essas provocações na frente de Thales devia estar a matando por dentro, pensou, rindo para si mesma - hahaha.
Rodrigo a encarou: "Por que você tem que ficar implicando com sua irmã? Ela nem sequer fez nada com você."
"Desde quando jogar jogos significa implicar com ela?" - Jovita respondeu com desdém: "Foi você quem a convidou para jogar, então foi você quem envolveu ela."
Rodrigo fez um som de desaprovação: "Realmente não é fácil gostar de você."
Essas palavras fizeram o rosto de Jovita se fechar: "Quem é que quer sua aprovação? Você acha que é quem, afinal?"
Thales, com um cigarro entre os dedos, apoiou o braço no encosto da cadeira. Sua postura era calma, mas sua voz cortava o vento do mar, soando excepcionalmente fria.
Ele nem sequer olhou para Jovita, apenas baixou o olhar e apagou a cinza de seu cigarro, dizendo a Rodrigo: "Amanhã de manhã, tire-a do barco."
Claro, Alfredo nunca foi amigável com ela.
"Sobre o jogo de agora há pouco, obrigada por ter me dado uma saída."
Ela escolhia as palavras com cuidado: "Na verdade, eu... não estou apaixonada por você, e não tenho nenhum interesse impróprio, só não queria que você tivesse a impressão errada, então quis esclarecer. Não falei antes porque pensei que você já soubesse..."
Ela não terminou.
"Uma impressão errada de quê?" - perguntou Alfredo.
"De que gosto de você."
Alfredo deu uma tragada lenta em seu cigarro, batendo o dedo nele para liberar as cinzas no mar - sua voz era lenta e despreocupada: "Por acaso o seu 'gostar' é algo tão precioso assim?"
Delfina hesitou.
Alfredo disse: "Você não estava me usando para desviar a atenção? Então por que revelar isso agora? Não tem medo de que descubram seu segredinho?"
Parecia que ela estava se preocupando à toa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...