Ardente Como O Sol romance Capítulo 57

Alfredo só acordou na hora do jantar.

Um membro da tripulação veio avisar que o jantar estava pronto. Rodrigo estava prestes a chamá-lo quando ele jogou para o lado o cobertor que o cobria, levantando-se preguiçosamente.

"Caraca…" - disse Rodrigo: "você realmente sabe a hora de acordar."

"Estou com fome."

Alfredo, com evidente preguiça, pegou um maço de cigarros da mesa, tirou um e o colocou na boca, erguendo ligeiramente os olhos na direção de Delfina: "Isqueiro."

Delfina, que estava examinando a camisa dele, olhou para cima quando ouviu a voz dele, encarando-o por dois segundos antes de perceber que ele estava falando com ela.

Ele era um verdadeiro filhinho de papai, acostumado a ser servido. Estender a mão para ele era demais.

Delfina lhe passou o isqueiro que estava ao seu lado na mesa. Alfredo acendeu seu cigarro e jogou o isqueiro de volta para ela, que por pouco não o deixou cair no chão.

Afinal, o isqueiro não era dele. Deixá-lo sobre a mesa não teria feito nenhuma diferença.

Ela se levantou para seguir os outros para o restaurante, e Xander veio atrás dela: "Quanto tempo, hein, gata?"

"Não me enche." - O desgosto de Delfina era evidente.

Quando ela tinha quinze anos e ainda era menor de idade, esse homem já dava em cima dela. Thales a protegia, e Matias deu uma lição nele pessoalmente.

Xander, todo sorridente, disse: "Só estou cumprimentando, para que tanto nervosismo?"

Delfina não deu atenção a ele e se apressou.

Os olhos de Xander a seguiram.

Não era apenas a beleza de Delfina que o atraía. Tudo nela, desde o cabelo, as sobrancelhas, os dentes, os ombros, a proporção das pernas e a curva dos tornozelos… tudo era perfeito.

Havia muitas mulheres sensuais e bonitas por aí, e Xander já havia ficado com várias, mas nenhuma delas tinha o "algo a mais" que Delfina possuía.

"Se eu não tivesse passado dez anos na Europa com o papai, acha que teria vez? Você realmente se vê como a princesinha de São Paulo? Não percebe o jeito como os outros te olham? Só você, uma sem vergonha, insiste em se grudar no Thales."

O olhar de Delfina ficou frio. "Se você não aprender a falar direito, eu vou te dar uma lição de novo."

Jovita bufou: "Melhor você se preocupar consigo mesma. Já que você gosta tanto do Thales, você acha que a Adélia vai te aceitar? Ela tem o apoio da Família Cunhal, e você tem o quê? Você realmente acha que o Thales iria ofender a Família Cunhal por sua causa? Entre vocês duas, quem você acha que ele escolheria?"

"Não me importa quem ele escolherá." - Delfina respondeu com frieza. "De qualquer forma, não será você, então por que se preocupar?"

Jovita ficou sem palavras, parecendo que foi atingido um ponto sensível.

Delfina se virou para sair e, ao passar por ela, disse: "Coma menos moscas."

Jovita só entendeu o insulto depois que Delfina se foi. Irritada, ela bateu com o cotovelo na parede e acabou segurando o braço de dor.

O iate já havia navegado em águas internacionais, onde o azul escuro do mar e do céu se fundiam em um só, e as ondas traziam consigo o riso enquanto rolavam.

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