O céu sobre o mar era baixo e azul, claro e puro, transmitindo uma sensação de bem-estar.
A brisa marinha, úmida e refrescante, tocava o rosto.
No porto, dezenas de veleiros e iates estavam atracados, mas um gigantesco iate branco, com mais de cem metros de comprimento, destacava-se majestosamente, como se fosse um imenso e requintado edifício.
Um marinheiro de luvas brancas carregava suas malas enquanto Delfina subia a escada para o barco, onde Rodrigo a aguardava no convés.
"Finalmente nossa 'Diretora Holanda' chegou!" - Rodrigo a conduziu para a cabine com uma provocação amigável. "Só não se esqueça de seu irmão aqui quando ficar famosa."
Delfina tirou os fones de ouvido: "O que você disse?"
"Ah, falei à toa…" - Rodrigo gritou novamente contra o vento: "estou dizendo que seu irmão agora tem quem cuide dele, e eu ainda estou aqui sem ninguém! No futuro, lembre-se de cuidar de mim, hein? A minha velhice está nas suas mãos, minha irmãzinha!"
Ela não queria essa responsabilidade: "Por que não deixa sua própria irmã cuidar de você?"
"Minha irmã? Ela não é tão confiável quanto você." - Rodrigo riu: "Ela é capaz de colocar areia na minha comida. Quando eu for velho, ela provavelmente vai me dar comida de plástico."
Quando Delfina foi para o exterior, a irmã de Rodrigo tinha apenas dois anos. Ela lembrou-se de tê-la segurado no colo, sem imaginar que a menina cresceria tão astuta.
Ela não pôde evitar um sorriso: "Já é bom ter o que comer, nem deveria reclamar."
"Veja como você fica linda sorrindo." - comentou Rodrigo enquanto caminhavam. "Você costumava sorrir muito quando era criança. O Estados Unidos realmente mudou você, tirou seu sorriso."
Delfina percebeu que Rodrigo estava apenas tentando animá-la.
"Sem problemas." - Delfina estava mais irritada do que com medo de Jovita.
Quanto ao fato de Adélia ter trazido Jovita, isso não a incomodou.
Ela nunca esperou que Adélia a entendesse. As pessoas só podem se entender verdadeiramente por meio de experiências compartilhadas, e Adélia não era do mesmo mundo que ela.
Adélia e Jovita eram do mesmo tipo - as queridinhas do pai, sempre levadas consigo em transferências de trabalho, as meninas mimadas da família. Por isso, elas puderam se tornar amigas.
Delfina cumprimentou Thales e os outros, mas seu olhar se fixou em Alfredo por um momento.
Alfredo tinha uma presença despretensiosa, ocupando um sofá inteiro sozinho, com uma revista cobrindo o rosto, dormindo tranquilamente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ardente Como O Sol
Muito bom 😘😘😘...
Uma das melhores histórias que já li......
Esse livro é muito bom 😋😋😋...
Atualiza por favor!!!...