A porta se abriu, revelando o rosto gentil de Túlio.
Ele havia acabado de tomar banho, com o cabelo ainda pingando água, e estava sem camisa. Na parte de baixo, usava uma calça de moletom folgada, que Karina havia corrido para pegar emprestada com Lourenço.
Ademir ficou olhando fixamente para ele, sem dizer nada por um longo tempo.
— Sr. Ademir. — Túlio foi o primeiro a quebrar o silêncio. — Você veio aqui procurar a Karina?
Assim que ele perguntou, o ar ficou tenso, com uma sensação palpável de rivalidade no ambiente.
Túlio continuou:
— A Karina está no banheiro.
Ele sabia que suas palavras poderiam ser mal interpretadas, mas as disse de propósito, ciente de que isso mexeria com Ademir. O instinto de Túlio lhe dizia que este Sr. Ademir não era apenas um paciente de Karina; havia algo mais entre eles.
Ademir permaneceu em silêncio.
Apesar de a cena à sua frente ser suficiente para acender sua raiva, ele se conteve.
Com uma calma distante, Ademir falou:
— Onde está a Karina? Quero vê-la.
— Túlio, quem está aí? — Antes que ele pudesse responder, Karina apareceu, olhando por cima do ombro de Túlio e se aproximando.
Ademir ignorou completamente Túlio, seus olhos fixos em Karina.
— Ademir? — Karina ficou surpresa. — O que você está fazendo aqui?
Ela sabia que ele estava com a Vitória, abraçados pouco tempo antes. Por que ele havia aparecido agora?
— Venha comigo. — Sem mais explicações, Ademir agarrou o pulso de Karina e tentou levá-la consigo.
Mas Túlio bloqueou o caminho:
— Sr. Ademir, por favor, solte ela.
A tensão aumentou, e o clima ficou ainda mais pesado.
Ademir apenas sorriu levemente e, ignorando Túlio, perguntou diretamente a Karina:
— Você vem ou não comigo?
Karina, querendo evitar uma confusão maior, respondeu:
— Túlio, eu vou falar com ele rapidinho. Não se preocupe.
Relutante, Túlio cedeu, mas avisou:
— Se ele te incomodar, grite que eu vou até você.
— Tá...
— Vamos! — Antes que ela pudesse dizer mais, Ademir a puxou, levando ela para o fim do corredor, onde não havia ninguém por perto.
Karina esfregou o pulso, que doía por causa da força com que ele a segurou.
Ademir franziu a testa. Será que tinha sido tão brusco assim?
Ele segurou seu pulso e viu que estava realmente vermelho.
"Ela é feita de porcelana? Só um toque e já fica marcada?"
Mesmo assim, Ademir ficou em silêncio e começou a massagear suavemente o pulso de Karina com as mãos.
Karina ficou paralisada por um momento e perguntou:
— O que você está fazendo?
— O que eu estou fazendo? — Ademir continuou a massagear o pulso dela, enquanto a encarava. — Me explique o que aconteceu agora.
Se ela dissesse, Ademir acreditaria!
Explicar?
Karina permaneceu em silêncio por um instante, então riu friamente:
— O que eu preciso te explicar?
Da mesma forma, ele também não precisou explicar nada sobre ele e Vitória.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
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