O belo rosto de Ademir ficou rígido por um momento, e seus olhos estavam cheios de escárnio.
Ela realmente não fez nenhuma cena!
Mas seu silêncio foi muito mais impactante do que qualquer grito!
Era como se tivesse levado um tapa doloroso e barulhento.
Com uma voz fria e desdenhosa, o homem disse:
— É só um vestido, eu vou comprar um melhor para ela.
Karina deu de ombros e respondeu:
— Então, estou indo.
Ela se virou e começou a caminhar para dentro, sem nem ao menos se despedir de Ademir.
Fixando o olhar nas costas dela, Ademir subitamente levantou a mão, querendo jogar com raiva a sacola com o vestido no chão!
Mas, de repente, ele parou.
"O que eu estou fazendo? Se ela não quer, então não quer. Por que eu estou tão irritado?"
Ademir se virou e foi embora, dirigindo de volta para a Mansão Mission Hills.
Ao chegar, ele acendeu as luzes e se sentou no sofá da sala de estar. Quando olhou para frente, viu, encostada à parede, uma das pinturas de Fábio. Sobre a mesa, estava a pulseira que Ademir havia dado a Karina.
E agora, havia também o vestido.
Ademir soltou uma risada fria, zombando de si mesmo. Nada do que ele deu para Karina havia realmente sido aceito por ela!
...
Na hora do almoço, Karina marcou um encontro com Patrícia.
Patrícia entregou-lhe uma folha de papel.
— O que é isso?
Patrícia respondeu:
— É o formulário de inscrição para a garantia de mestrado. Ontem eu fui à universidade e peguei um para você também.
Karina abriu o papel e deu uma olhada.
Com uma expressão preocupada, ela disse:
— A garantia de mestrado não é assim tão fácil de conseguir.
— Você tem notas ótimas e ganha bolsa de estudos todo ano. Como não seria possível?
Embora Patrícia estivesse certa, a universidade já era, de certa forma, um reflexo da vida adulta.
Notas eram importantes, mas só isso não bastava.
Com um pai como Lucas, será que Karina ainda poderia esperar que os professores da universidade a tratassem de maneira especial?
Ademir fechou os punhos com força e perguntou:
— Como está meu avô agora?
Hesitante por um momento, Karina respirou fundo e respondeu:
— A situação dele não é boa.
Ao ouvir isso, Ademir fechou os olhos, tentando conter a dor.
— Me diga a verdade. Eu posso suportar.
— Câncer colorretal.
A voz de Karina era firme, mas carregava uma profunda compaixão. Não apenas por Otávio, mas também por Ademir, sabendo o quanto essa notícia o abalaria.
Depois de ouvir, Ademir permaneceu em silêncio. Karina notou o rosto pálido dele e o leve tremor em seus dedos.
O celular de Ademir começou a tocar no bolso.
Ele parecia não perceber, mas Karina o lembrou:
— Seu celular está tocando.
Lentamente, Ademir tirou o telefone do bolso. No visor, o nome "Vitória" piscava.
Karina também viu. Apertando os lábios, se afastou em silêncio.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...