— Karina!
Karina nem sequer olhou para trás e respondeu em voz alta:
— Não se mete!
Essa frase foi dirigida a Ademir.
— O que você está tentando fazer?
Karina segurou firmemente o pulso de Vitória. Olhou ao redor do lavatório e pegou uma lâmina de sobrancelha.
Com um sorriso no canto dos lábios, disse:
— Eu não falei agora há pouco? Estou aqui para te ajudar!
Aquela frase soou fria e cruel.
Karina segurou o pulso de Vitória, ergueu ele e encostou a lâmina diretamente na artéria principal dela!
— Vai ser rápido. Eu sou médica profissional, te garanto que não vai doer. Com um só corte, você vai estar livre!
A risada de Karina era como uma lâmina cortante, e seus olhos estavam tomados pelo ódio!
Ela foi apertando a mão, pouco a pouco.
Vitória se assustou e começou a lutar desesperadamente:
— Não, não! Me solta!
— Por que está lutando? — Karina parecia confusa. — Você não queria morrer? Eu estou te ajudando. Não deveria estar agradecida, aceitando isso com alegria?
— Não, não... — Vitória chorava e balançava a cabeça. — Eu não quero morrer, eu não quero morrer!
Karina soltou uma risada gelada.
De repente, alguém agarrou o pulso dela.
Era Ademir, ele tinha esperado o momento certo para segurar o braço de Karina, forçando ela a soltar a mão de Vitória.
— Karina! — Disse ele, com uma mão segurando ela e a outra arrancando a lâmina. — Não faça uma loucura dessas!
Se ele não tivesse conseguido segurar a tempo, aquilo poderia mesmo ter terminado em morte!
Vitória caiu no chão no mesmo instante, tremendo de medo:
— Ademir, ela tá louca, ela tá realmente louca!
Ademir franziu a testa, olhando com espanto para Karina:
— O que aconteceu com você?
— O que aconteceu? — Os olhos de Karina se avermelharam enquanto ela apontava para Vitória. — Ela não deveria morrer? Você tem ideia das coisas horríveis que ela fez? Foi ela quem escondeu as cartas que o Túlio me escreveu, escondeu por três anos inteiros!
Ademir se lembrou de repente daquele saco de cartas.
— Me solta. Se eu ficar aqui, vou acabar batendo nela de novo! Eu não consigo me controlar!
Ao ouvir essas palavras, Vitória ficou apavorada.
E Ademir, sem alternativa, soltou a mão dela.
Karina foi embora a passos largos.
Atrás dela, Vitória chorava enquanto dizia:
— Ademir, ela quase me matou...
— Levanta.
...
Quando Ademir saiu, de longe viu Karina sentada num banco.
Ele não se aproximou de imediato. Primeiro chamou Bruno:
— O que aconteceu?
— Foi assim, segundo irmão... — Bruno contou tudo sobre o caso do Túlio, sem omitir nada. E ainda acrescentou. — O Sr. Martins... Ele realmente parece estar sofrendo muito.
Um homem feito, mas o que se via nele... Era quase como se já estivesse morto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...