Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida romance Capítulo 717

Um dia, ele viveu apenas para poder reencontrar Karina!

Sonhava com a possibilidade de voltar, de conquistá-la novamente, de recomeçar ao lado dela.

Todos esses anos, cada esforço seu foi para construir um futuro melhor para os dois!

Mas agora, aquele objetivo já não existia mais.

Ele não sabia por que ainda estava vivo.

Seu coração já havia morrido, e sua existência parecia não ter mais propósito.

Karina tapou a boca com a mão, compreendendo instantaneamente.

Nuvem a amava com uma intensidade tão profunda!

Ela conteve o impulso de chorar, mas não conseguiu evitar que as lágrimas escorressem ao dizer:

— Nuvem, descanse bem. Eu vou voltar para te ver.

Túlio ficou surpreso e hesitou por um momento:

— Voltar?

Karina voltaria mesmo?

— Sim. — Karina assentiu com firmeza. — Você precisa descansar direitinho e tomar os remédios certinhos, tá bom?

Túlio também assentiu, seus olhos se moveram suavemente:

— Entendi. Eu vou fazer isso.

— Que bom. — Se virando para sair, Karina não foi muito longe. Logo se encostou ao corrimão no corredor, abafando os soluços que começaram a escapar. — Nuvem, nuvem...

“Como ele pôde adoecer tão gravemente?”

Ela chorava tanto que quase não conseguia se manter de pé.

— Karina! — Era Bruno. Ao vê-la naquele estado, correu imediatamente para ampará-la. Diante do seu pranto desolado, falou com preocupação. — O segundo irmão disse que você não pode se deixar levar pela emoção assim.

— É mesmo... — Karina ficou um instante paralisada, depois levantou a mão e enxugou as lágrimas. — Onde está o Ademir?

— Ainda está com a Vitória... — Respondeu Bruno, com a voz quase sumida.

Karina riu com frieza:

— Então, eu vou voltar para falar com ele.

— Tudo bem. Vá com calma.

De volta ao quarto, nem mesmo o silêncio de um leito VIP foi capaz de abafar os gritos de Vitória.

Hoje, após a mudança no plano de tratamento, pela primeira vez retiraram suas bandagens.

“Ela não tinha dito que não entraria aqui?”

Vitória também congelou:

— Você...

Mas Karina não estava ali para trocas de palavras. Segurando Vitória com firmeza, puxou ela para fora da cama.

Vitória cambaleou, quase caindo, e gritou:

— Ademir!

— Vitória! — Ademir estendeu a mão para ajudá-la.

Mas o olhar fulminante de Karina o deteve. Ademir não ousou se mover.

— Fica de pé! — Karina a encarou com dureza, sua voz baixa e cortante. — Você sofreu queimaduras, não quebrou as pernas! E mesmo que tivesse quebrado, hoje você vai se arrastar se for preciso, mas vai se levantar!

O rosto colérico de Karina assustou Vitória, que olhou para Ademir em busca de socorro, com os olhos cheios de súplica:

— Ademir, me ajuda...

— Ajudar você? — Karina riu com desprezo. — Você não queria morrer? Agora que está feia, não consegue mais viver? Pois eu vim te ajudar!

Sem dar tempo para mais nada, continuou puxando Vitória em direção ao banheiro.