— Sr. Ademir.
— Chame alguém para entrar e limpar, além disso, a enfermeira pode começar a preparação para o tratamento.
— Claro, Sr. Ademir.
Vitória olhava para ele com expectativa:
— Ademir, você tem estado muito ocupado ultimamente?
Nos últimos tempos, as visitas de Ademir a Vitória haviam diminuído um pouco.
Não era mais como antes, quando ele vinha todos os dias; às vezes ele só aparecia no dia seguinte, e, em outras ocasiões, demorava dois ou três dias para voltar.
Ademir ficou em silêncio, pensando em Karina, que o esperava do lado de fora...
Ele concordou e disse:
— Eu tenho estado um pouco ocupado, mas não se preocupe, você só precisa saber que eu não vou te abandonar. Coopere bem com o tratamento.
Quanto às outras coisas, vamos esperar um pouco mais, até que ela esteja mais estável. Se falarmos sobre isso agora, só vai causar confusão. Toda a minha explicação vai ser em vão e pode até piorar a situação dela, e aí o meu erro será ainda maior.
Com a medicação, que continha uma pequena dose de sedativo, Vitória adormeceu rapidamente.
Ademir se levantou suavemente e deu instruções à enfermeira:
— Cuide bem dela.
— Pode deixar, Sr. Ademir.
— Certo.
Antes de sair, ele olhou mais uma vez para a pessoa adormecida na cama, deu meia-volta e se afastou.
...
Quando saiu, Adremir encontrou Karina no fim do corredor, perto da janela:
— Karina.
Karina se virou ao ouvir a voz:
— Ela já está bem? Pode ir embora agora?
— Sim. — Ademir sorriu levemente, segurando a mão dela. — Já esperou bastante, não pensou em sentar em algum lugar enquanto isso?
— Não, está tudo bem. — Karina balançou a cabeça. — Fiquei o dia inteiro deitada em casa, então achei bom ficar em pé e caminhar um pouco.
Karina percebeu que o humor de Ademir não estava bom.
Como a situação envolvia Vitória, ela preferiu não fazer sugestões contrárias ao que ele sentia, então ficou em silêncio.
No carro, Ademir perguntou:
— Tem algo planejado para hoje?
O que ela poderia ter planejado?
Karina respondeu sinceramente:
— Vou descansar e, à tarde, tenho aula de yoga.
— Então venha comigo para a empresa, você pode ficar na sala de descanso, almoçamos juntos e, à tarde, o Bruno te leva para casa.
O homem saiu, e Karina, se sentindo um pouco cansada, se deitou na cama.
Na verdade, ela havia ficado em pé por um bom tempo na porta do quarto, e seus pés estavam realmente cansados.
Fechou os olhos, e logo adormeceu.
Quando acordou, percebeu que havia um saco de lanches na mesa.
Quanto tempo ela tinha dormido? Ademir já havia vindo?
Karina pegou o saco de lanches e tirou um pedaço de bolo.
Pensando se Ademir estaria ocupado, ela se questionou se ir procurá-lo a atrapalharia no trabalho dele.
Foi então que, ao olhar para o pátio da sala de descanso, viu o homem.
Ah, então ele estava ali.
— Ademir.
Karina levantou a mão e acenou para ele, mas ele não ouviu nem percebeu.
“O que será que ele está pensando? Tão sério assim?”
Logo ela percebeu que o olhar dele não estava normal.
Apesar de estar um dia frio, ele estava no pátio sem casaco, segurando um cigarro entre o dedo indicador e o do meio.
Ele deu uma tragada profunda, jogou a cabeça para trás e soltou a fumaça.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...