A casa de Ian ficava no primeiro andar e tinha um pequeno jardim, todo preenchido com flores e plantas, muitas das quais podiam ser usadas como remédios.
Após apertar a campainha, a governanta atendeu a porta:
— Você é aluno da Dra. Diana, não é? Entre, por favor.
— Obrigado.
Ian estava de folga naquele dia e havia acabado de tirar um breve cochilo.
— Dra. Diana, como tem passado ultimamente?
— Bem, muito bem. — Ian estava tomando chá e sorria enquanto acenava para eles. — Karina chegou, você é o marido dela, não é?
A notícia do casamento deles já era conhecida por todos na Cidade J, não era algo que Karina tivesse precisado contar.
— Sou.
— Se sente, por favor. — Ian apontou para a cadeira à sua frente.
Ademir se sentou, obediente.
— Mostre-me a mão, vou examinar você. — Karina indicou o braço dele.
— Claro. Agradeço, Dra. Diana.
Ian estendeu a mão, prendendo a respiração, até mesmo fechando os olhos.
Após algum tempo, ele abriu os olhos e disse:
— Abra a boca, vou ver sua língua.
— Claro. — Ademir obedeceu prontamente.
Em seguida, Ian fez uma série de perguntas, todas relacionadas aos hábitos de vida e alimentação dele.
— Entendi, já sei o que preciso saber.
Quando Ian disse isso, Karina soube que o professor já tinha uma compreensão clara da condição de Ademir.
— Dra. Diana, o problema é grave?
— O jovem está bem de saúde. — Ian apontou para Ademir. — O estômago está um pouco comprometido, mas é por causa da falta de cuidado. Ele tem bebido demais. Além disso, administrar um grupo tão grande deve ser uma pressão, não é um pouco demais?
Ademir hesitou, olhou para Karina e então concordou.
— Sim.
Ele não podia falar abertamente, mas sua pressão não vinha do trabalho, e sim de Karina.
No caminho de volta, Karina deu instruções a Ademir:
— Quando chegarmos, prepare o remédio no caldeirão de barro. Na primeira vez, ferva por meia hora, depois abaixe o fogo. Nas próximas duas vezes, deixe ferver por um tempo maior...
— Pare. — Ademir falou com dificuldade. — Não vou lembrar de tudo isso.
Karina ficou sem palavras.
Para alguém que não entendia nada de medicina, realmente era difícil de guardar tudo na memória.
— A Wanessa já preparou remédio antes?
— Ela? Faz um excelente caldo. — Ademir brincou. — Não precisa de tanta complicação. Basta ferver um pouco e tomar do jeito que der.
— Isso não vai funcionar! — Karina, claro, discordou imediatamente. Ela guardou o saquinho de remédios. — Deixe aqui comigo, eu vou preparar.
No fundo, ela estava sem nada para fazer em casa, então ferver o remédio seria apenas uma forma de passar o tempo.
Porém, ao refletir por um momento, ela sentiu que talvez não fosse uma boa ideia:
— Mas... Como você vai tomar o remédio assim? Vai mandar o Bruno vir aqui três vezes por dia para pegar? Vai ser muito trabalhoso...
— É, vai ser bem complicado...
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Após o Divórcio, Sr. Ademir Rouba um Beijo de Sua Esposa Grávida
Karina e Ademir 🤗🤗🤗...
O livro do Ademir...